Record perde processo trabalhista movido pelo ator Caio Junqueira, morto em 2019

Morto após grave acidente de carro no Rio de Janeiro em 2019, o ator Caio Junqueira venceu uma ação trabalhista contra a Record TV, emissora na qual trabalhou de 2008 a 2016. A vitória veio na semana passada em processo que teve início em 2017, quando o ator pedia reconhecimento de vínculo trabalhista.

Após a morte de Caio, Maria Inês Torres, mãe do ator, assumiu o caso, por ser considerada a única sucessora de Junqueira. Porém, ela também faleceu em 2019, com isso, o processo passou a ser pendência de Jonas Torres, irmão de Caio.

No processo, Caio pedia o pagamento de direitos não concedidos pela emissora. O vínculo com a Record se deu depois do sucesso com seu personagem no primeiro Tropa de Elite.

Na emissora, Junqueira participou de diversas produções e alegou que cumpria horário e obrigações com a Record, além de ter acordo de exclusividade, ou seja: não poderia atuar em qualquer outro veículo de TV aberta sem autorização da emissora.

Em primeira instância, a vitória foi da Record TV, em julgamento que ocorreu no fim de 2019. Porém, a defesa do artista recorreu, e a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) entendeu que, de fato, havia vínculo empregatício entre as partes e determinou o pagamento dos direitos renegados anteriormente pelo canal de Edir Macedo. O valor do processo é de R$ 60 mil e ainda é possível, por parte da Record, recorrer da decisão.