Dono da Precisa Medicamentos se recusa a responder perguntas em depoimento na CPI da Covid

Nesta quinta-feira, dia 19, foi a vez do sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, empresa que negociou com o Ministério da Saúde a venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin pelo valor de R$ 1,6 bilhão, Francisco Maximiano a prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, ele decidiu ficar em silêncio durante a maioria das perguntas feitos pelos senadores do colegiado.

O empresário teve um habeas corpus liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), expedido pela ministra Rosa Weber, no qual, lhe dá o direito de não responder a questionamentos que pudessem incriminá-lo. Os parlamentares até fizeram perguntas que não tinha a ver com a negociação da Covaxin, no entanto, ele ficou em silêncio também diante de perguntas

Além disso, Maximiano negou a firmar o compromisso de falar a verdade, juramento que os interrogados fazem antes de começar, e ainda abriu mão dos 15 minutos que são concedidos aos depoentes logo no início da sessão para que possam fazer a defesa.

Irritação dos Parlamentares

A isenção nas perguntas revoltou os parlamentares da CPI. Que entraram com um pedido para que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), suspendesse a sessão para que o colegiado consultasse o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, sobre qual deve ser o limite para o silêncio do depoente.

Contudo, alguns senadores recomendaram que o depoimento não fosse interrompido e disseram a Aziz que prendesse Maximiano caso ele extrapolasse o direito de não responder a determinadas questões. “Siga as perguntas. Se Vossa Excelência ou se algum senador entender que ele está criando um obstáculo efetivo, avise e parta para aquilo que a gente já fez na CPI”, disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).