Padre é condenado a 3 anos de prisão por desviar dízimo para drogas e orgias

MUNDO – O padre Francesco Spagnesi (40), que virou notícia no mundo inteiro em setembro por ter desviado dinheiro da igreja para bancar orgias sexuais e drogas ilícitas, foi condenado a 3 anos e 8 meses de prisão no último dia 7 de dezembro. As informações são de O GLOBO.

Além da reclusão, Spagnesi também prestará serviços sociais e será submetido a um tratamento para se livrar do vício das drogas. Entre as drogas traficadas com o dinheiro do dízimo estava o GHB, conhecida como “ecstasy líquido” por estupradores.

O Ministério Público italiano também acusou o padre de ter desviado cerca de 200 mil euros (equivalente a R$1 milhão e 270 mil) para compra de entorpecentes. Devido aos escândalo, Spagnesi chegou a ser impedido de acessar a conta da paróquia em abril.

Ao longo do processo, o pároco admitiu parte dos crimes e, por essa razão, fez um acordo com o tribunal. No entanto, Spagnesi negou que tenha feito sexo desprotegido em orgias sabendo que era soropositivo.

Segundo o jornal “Corriere Della Sera”, essa acusação não teve peso na condenação pois o namorado do padre teve resultado negativo no teste de HIV. Os advogados do réu também alegaram que Spagnesi sempre alertou seus parceiros e que não era contagioso pois tomava medicamentos antivirais.

Quando ocorreu toda a polêmica, Spagnesi concedeu uma entrevista ao já citado jornal italiano Corriere Della Sera, dizendo que ele “não se reconhecia mais”.

“Não me reconheço mais, o turbilhão da cocaína me engoliu”, disse o padre aos prantos diante de seus advogados. “A droga me fez trair as pessoas da paróquia, me fez contar mentiras, me fez agir de modo que me envergonho. Agora sou HIV positivo e peço perdão a todos”, disse, segundo o Corriere Della Sera.

“Devolverei o dinheiro que roubei à cúria e a caridade dos meus paroquianos para comprar drogas. Eles serão reembolsados. Vou vender tudo o que me pertence, até a casa da montanha”, afirmou o padre na ocasião.