“Quem não se vacina está chamando a doença e pode até morrer”, diz menina ao se vacinar no RJ

BRASIL – O movimento era tranquilo no Palácio do Catete no primeiro dia de vacinação infantil na cidade do Rio. Tranquilo, mas animado: as meninas de 11 anos, público-alvo da data, estavam ansiosas para tomar a vacina.

E a pouca idade contrastava com a muita consciência sobre a importância da imunização.

Sara Oliveira disse que até sente um pouco de medo dos efeitos colaterais, mas sabe que a vacina é muito importante para se proteger. “A gente está nisso desde 2020, então é importante se vacinar pra ajudar isso a passar, só a vacina não basta, mas ameniza”, disse.

Encontro vacinal

Para Nina Valle, Ana Pereira, Anita Rosário, Laila Abrantes e Alice França, o dia foi duplamente especial: além da vacina, a data marcou o reencontro das amigas que não se viam desde março de 2020.

Durante a quarentena, elas, que se conhecem desde pequenas, ficaram separadas, cada uma em um lugar do país e, hoje puderam matar as saudades. Cada uma que chegava era encorajada pelas amigas. Depois de enfrentar a agulha, todas ganharam um certificado de coragem.

“Nem doeu, se pudesse eu tinha tomado as duas doses logo, porque foi super tranquilo!”, disse Ana, que mal dormiu durante a noite de ansiedade. É que ela não queria perder a hora.

E, enquanto alguns adultos ainda relutam, para as meninas, os motivos para a imunização são muito claros.

“Quem é adulto e não toma a vacina e acha que ela não funciona, que não adianta nada, está errado, porque existe estudo pra vacina funcionar”, opina Alice. “Covid é uma doença muito séria, criou uma pandemia no mundo todo, quem não se vacina está chamando a doença e pode até morrer”, diz Anita.

“É burrice quem não quer tomar a vacina. Se a gente não se vacinar como tem que ser, com as doses certas e ir se vacinando, podemos viver isso outras vezes”, explicam as meninas.

Prioridades também se vacinaram

Vicente Siqueira, de 8 anos, também se vacinou nesta segunda. Ele tem uma condição genética rara, conhecida como Hao-Fontain e, por isso, teve prioridade na vacinação.

“Estou muito feliz e emocionada. Aproveitar o primeiro dia, não quis esperar”, disse a bióloga Carla Siqueira, mãe de Vicente. “Eu fiquei com um pouco de medo, porque vacina dói, mas eu gostei de ver o vídeo”, contou Vicente, se referindo ao registro feito pela mãe dele se vacinando.

*Com informações do g1