Covid-19: Pfizer pede à Anvisa uso emergencial de pílulas contra o coronavírus

BRASIL – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quarta-feira (16), o pedido de uso emergencial para uso das pílulas antivirais Paxlovid, fabricadas pela farmacêutica Pfizer.

Conforme revelou o Metrópoles, a farmacêutica e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento para a rede de saúde brasileira. No entanto, o acordo somente poderá ser firmado após a aprovação da Anvisa.

De acordo com a Pfizer, a pílula antiviral tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus.

Segundo a Anvisa, as primeiras 24 horas de análise serão usadas para “fazer uma triagem no processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis”. Caso haja informações pendentes, a agência reguladora poderá solicitá-las ao laboratório.

O órgão tem 30 dias para avaliar o uso emergencial e temporário do remédio. A última reunião realizada entre a Pfizer e a Anvisa ocorreu em 19 de janeiro, para alinhar informações de pré-submissão do pedido.

Compra das pílulas

Em meio ao avanço de casos positivos de Covid-19 no Brasil, motivado pela disseminação da variante Ômicron, o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de comprar a pílula antiviral Paxlovid contra o coronavírus, fabricada pela Pfizer.

No entanto, ainda não há previsão de quando o país receberia doses do remédio nem do quantitativo de pílulas que poderiam ser enviadas ao Brasil.

No entanto, se a autorização concedida pela Anvisa for para registro definitivo, a incorporação do medicamento ao SUS deverá ser avaliada pelo plenário da Conitec. Ainda não há estimativa de valor do investimento brasileiro, porque tudo depende do volume a ser adquirido e das negociações com o laboratório.

Benefícios

O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da Covid-19 para quadros graves.

De acordo com comunicado divulgado pela Pfizer em dezembro de 2021, análises intermediárias de um estudo em andamento com voluntários adultos apontaram redução de 70% nas hospitalizações e nenhuma morte no grupo tratado com o remédio, em comparação ao que recebeu placebo.

Além disso, de acordo com a Pfizer, os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O remédio tem uso autorizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em diversas regiões da Europa.