Ex-senadora Vanessa Grazzition confirma que disputará vaga de deputada federal em 2022

AMAZONAS – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) confirmou sua pré-candidatura a deputada federal nas eleições deste ano, cargo que ela ocupou de 1999 a 2011. A ex-senadora está fora da vida pública desde 2018, quando não conseguiu se reeleger para o Senado Federal.

Em entrevista, Grazziotin afirmou que está “voltando à luta para ajudar a construir um novo país, um país que de fato tem esperança, que possa trazer perspectiva para crianças e jovens. Não tenho razão pessoal nenhuma na política, não estou ali para enriquecer ou me beneficiar. Sou militante dos movimentos sociais, meu objetivo é trabalhar para melhorar a vida da maioria”.

Vanessa ganhou destaque no cenário nacional por sua enfática defesa contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e contra a prisão de ex-presidente Lula (PT), principalmente nos anos de 2015 a 2016.

A ex-senadora garante que não se arrepende de seus posicionamentos, mesmo que isso lhe tenha custado a reeleição, pois esteve ao lado da Democracia, da Constituição e do lado certo da História. “Sabia que pessoalmente iria sofrer, mas não poderia fazer diferente. A maioria dos membros da bancada eram aliados do Governo, se beneficiaram mais do que eu, mas quando olhei para o lado eu estava só. Porém, repito: ficaria de novo, porque tenho a convicção que estava do lado certo”, afirma Grazziotin.

Federação Partidária

Ainda durante a conversa, Vanessa disse acreditar que haverá uma grande coalisão entre os partidos de esquerda para as eleições de 2022.

Ela revelou que, nos bastidores da política, existe uma conversa avançada para que o PC do B integre a federação de esquerda com o PT, PSB e PV. E que há esperanças para que o PSol e a Rede se unam ao bloco.

O ex-presidente Lula, que lidera a preferência do eleitorado na corrida presidencial, já afirmou por inúmeras vezes que almeja eleger uma grande bancada de esquerda tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. O plano de Lula é ter uma base forte no Congresso para poder aprovar projetos, revogar medidas (como a Reforma Trabalhista de Temer), e recompor direitos. Caso eleita em outubro, Vanessa poderá ser mais um voto dentro da Câmara para ajudar nessa direção.