Eleições 2022: Lula quer aliança com MDB, PSD e Avante para fortalecer candidatura

BRASIL – O ex-presidente Lula (PT) terá sua candidatura à Presidência da República lançada oficialmente no próximo sábado (7). Ao longo dos últimos meses, o petista conseguiu construir uma rede de apoios a seu nome, mas ainda restrita à esquerda e centro-esquerda, ainda que tenha levado para seu lado o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), em uma tentativa de atrair os conservadores.

Além do PT, apoiam a candidatura de Lula o PSB, PCdoB, PV, Solidariedade, a Rede e o Psol. O desafio agora, segundo o Metrópoles, será ampliar a aliança para o centro, atraindo legendas que se posicionam atualmente na terceira via.

Os principais alvos de Lula são o MDB, que tem a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata, e o Avante, que tem o deputado federal André Janones (MG) na disputa. Também está no radar do ex-presidente o PSD, presidido por Gilberto Kassab (SP), que não teve sucesso na construção de uma candidatura própria.

De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, outros partidos além dos que não entraram na aliança formal em torno de Lula têm espaço aberto para diálogo. “Estamos terminando uma fase agora em abril que era fechar a política básica de alianças, consolidar o nosso campo, o campo da esquerda e da centro-esquerda em torno da candidatura do Lula. Estamos hoje com 7 partidos apoiando o presidente. Nesse campo só não está o PDT. É óbvio que vamos continuar conversando com os outros partidos. Estamos conversando com setores do MDB, do PSD, queremos conversar com o Avante, mas a gente tinha que consolidar essa aliança de esquerda primeiro”.

Gleisi negou que as conversas com MDB e Avante desrespeitem as pré-candidaturas de Tebet e Janones. “Nós ainda não tivemos uma conversa mais próxima, até porque a gente tem respeito ao Janones. A partir dessa formalização da pré-candidatura, a gente quer procurar, tanto o presidente do Avante, quanto o Janones para iniciar uma conversa. (…) Estamos conversando com setores do MDB para saber o que o partido vai fazer. Também respeitamos a candidatura da Simone, mas eles tem um prazo até dia 18 de maio para definir. A gente quer conversar, saber o que eles estão pensando da vida e para onde é que eles vão”.

A presidente petista afirmou que Kassab disse a ela que a “tendência” é que o PSD libere seus filiados para apoiarem quaisquer candidatos.