Eleições 2022: “Bolsonaro tem medo de perder as eleições e ser preso depois”, afirma Lula

Brasil – O ex-presidente Lula (PT) afirmou que “Bolsonaro tem medo de perder as eleições e ser preso depois”. O petista participou de grande ato político, na noite desta segunda-feira (9), no Centro de Exposições Expominas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Ele disse, também que os dias de Jair Bolsonaro (PL) na presidência “estão contados”. “Não adianta desconfiar das urnas eletrônicas. Não é o Lula que vai derrotar o Bolsonaro. É o povo brasileiro. Não falta dinheiro no Brasil. Falta vergonha na cara das pessoas que governam o país”.

O ex-presidente voltou a alertar que não será uma eleição fácil. Estamos enfrentando um adversário que representa a antidemocracia, a violência, o fascismo no Brasil. Nosso adversário mente sete vezes por dia, é o rei das fake news”, destacou.

Lula mandou um recado para os muitos jovens que estavam presentes ao evento e, também, às mulheres. Aos primeiros, disse: “Nunca desistam, entrem na política, porque são vocês que vão mudar o país. A minha causa é a causa de vocês”.

Às mulheres, o ex-presidente falou: “Vocês já são maioria em número. É preciso transformar em maioria na decisão. As mulheres não podem permitir que um fascista continue na presidência desse país”.

“Quero ser candidato de um movimento das pessoas que amam, que gostam de paz”

Ele também declarou que não é candidato de um partido. “Quero ser candidato de um movimento das pessoas que amam, que gostam de paz, das pessoas que choraram pelos parentes mortos na pandemia, das pessoas que passam fome, dos trabalhadores de aplicativos”.

Lula lembrou, ainda, sua antiga relação com Minas Gerais, dizendo que nunca perdeu no estado e citou ser a terra de Tiradentes, de Betinho, Henfil e Carlos Drummond de Andrade.

O ex-presidente não deixou de criticar a mídia tradicional e a Lava Jato. “A imprensa me acusou durante dois anos. Agora, quem está com vergonha de sair na rua é o Moro, é o Dallagnol”.

Várias lideranças participam do ato

Estiveram presentes dezenas de lideranças partidárias de PT, PSOL, Rede, PSB, PV, Solidariedade, PCdoB, além de ex-ministro de Estado. O pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), não comparece por ter testado positivo para a Covid-19.

Antes do ato, Lula marcou presença ema uma reunião com essas lideranças. O encontro teve como objetivo juntar comandantes dos partidos que já formalizaram apoio às pré-candidaturas de Lula e de Alckmin, além de representantes dos movimentos sociais.

“É a primeira vez que recebo apoio de todas as centrais sindicais e de todos os partidos progressistas de esquerda em Minas Gerais e no Brasil. Consegui cumprir uma profecia de Paulo Freire: juntar divergentes para vencer antagônicos”, disse Lula.

O ex-presidente também ressaltou o momento atual do Brasil e a destruição provocada pelo atual governo: “Separados, somos fracos. Mas juntos nós temos muito mais força para derrotar esse governo. Esse presidente não recebeu nenhum dirigente sindical. Ele não recebe governador de estado. Ele não recebe prefeito. A não ser os asseclas. Ele não recebe nenhum movimento social. Ele não recebe nenhum governante. O Brasil virou pária”.

Via: Revista Fórum