Amazonas – O Ministério Público do Estado (MPE), ofereceu, nesta terça-feira (21), uma denúncia criminal à Justiça contra uma suposta quadrilha de síndicos de um condomínio de luxo, localizado na zona oeste da capital amazonense.
Os suspeitos são acusados de tentativa de extorsão, danos morais, materiais e também por invadir terrenos.
Segundo informações, um quarto suspeito também estaria fazendo parte da organização criminosa, identificado somente por ‘Barreto’, este seria o chefe de manutenção do esquema de extorsão. Caso a denúncia prossiga, as partes podem responder à processo, perda de cargo e prisão.
Ainda segundo informações, o grupo criminoso, age de forma agressiva e faz ameaças aos proprietários, inclusive em mensagens de aplicativo.
ENTENDA O CASO
Síndicos do Condomínio Residencial Ponta Negra 1, localizado na zona oeste da capital amazonese, são acusados de tentativa de extorsão, danos morais e materiais, além de crime de esbulho possessório, por invadir terrenos da Avenida Equador, do lote 01, mesmo com toda a documentação em dias, taxas de iluminação e IPTU pagos e tudo legalizado.
De acordo com denúncia de uma das vítimas, a recém síndica do local, identificada como Solange Belfort e a subsíndica Sônia Lofiego, que também é investigadora da Polícia Civil do Amazonas, agem de forma arbitrária com os donos de terrenos, criando uma série de constrangimentos, quebrando muros, perseguições e ameaças. Confira as imagens:
Elas também são acusadas de multar constantemente os construtores do condomínio, sem motivos. Um dos donos das construtoras relatou que já recebeu multas que totalizam até R$ 6 mil por obras feitas dentro dos imóveis, mesmo com apresentação de documentos e autorizações da Prefeitura, seguindo os padrões e regras da Lei.
Além disso, o marido da síndica Solange, identificado como João Bosco Botelho, é acusado de tentar extorquir um empresário, que comprou um dos terrenos do condomínio, na Avenida Equador, com uma cobrança de R$ 100 mil para viabilizar a área, sem obter problemas contratuais com as síndicas. Veja no print:
O grupo age de forma agressiva e faz ameaças aos proprietários. Via mensagem de WhatApp, Bosco afirmou que as síndicas iriam “fazer um inferno na vida do empresário”, caso a quantia não fosse paga.
Além da tentativa de extorsão, no dia 3 de junho, o empresário teve grande parte de seu muro derrubado, com um trator após ordens da subsíndica Sônia, que chamou uma viatura da PM e os policiais ameaçaram prender os trabalhadores.
O empresário refez o muro, e inconformados os síndicos mandaram derrubar novamente, dessa vez usando funcionários do local com marretas.
A vítima levou o caso à Justiça e vai processar os envolvidos por danos materiais e danos morais. Na esfera criminal, abrirá uma ação por crime de dano qualificado e crime de esbulho possessório.
Imagens do muro derrubado:
Solange estaria exagerando na canetada para turbinar o caixa do condomínio. Se for denunciada ao Ministério Público, ela pode responder à processo, perder o cargo que ocupa e ainda ser presa.
Nossa reportagem tentou contato com a defesa do condomínio, mas até a publicação da matéria não obteve resposta. O espaço segue em aberto.