BRASIL – Veículos da chamada “imprensa corporativa” cederam ao pedido do ex-presidente Lula (PT), líder em todas as pesquisas eleitorais, e farão um debate presidencial em conjunto, ou seja, em “pool”. Isso é, diversos grupos de comunicação se reunirão para um debate.
O modelo de pool de veículos de comunicação para debates entre candidatos é comum nas eleições presidenciais dos Estados Unidos – e no Brasil também há precedente: na eleição presidencial de 1989, por exemplo (a primeira desde o fim da ditadura, em 1985), houve dois debates no segundo turno, realizados por um pool formado por Rede Globo, SBT, Rede Manchete e Rede Bandeirantes.
O primeiro deve acontecer com a união do Uol, Folha de S.Paulo, Band e TV Cultura no dia 28 de agosto.
G1, Folha de S.Paulo, o Estado de S.Paulo, o O Globo, o UOL e o Valor Econômico montam novo debate para o dia 14 de setembro.
O terceiro acontecerá com as emissoras CNN Brasil e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM, no dia 24 de setembro, nos estúdios do SBT em São Paulo.
Dificuldade em reunir candidatos
A iniciativa é uma resposta às dificuldades encontradas para a realização de todos os debates inicialmente programados para esta eleição deste ano.
Lula afirmou estar disposto a debater, desde que não fique “refém” de tantos eventos promovidos pelas emissoras de TV. “Eu adoro debate, é uma coisa instigante. Da mesma forma que o jogador gosta de entrar na final para disputar uma Copa do Mundo, eu gosto do debate, no primeiro ou no segundo turno. Mas o que eu quero é dar uma certa moralizada na quantidade de debates”.
Provocado, Jair Bolsonaro (PL) também afirmou: “vou debater com o cara”, em referência a Lula.
