Ex-diretor-geral da PRF, investigado por favorecer Bolsonaro nas eleições, é aposentado aos 47 anos

BRASIL – O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, investigado pelo suposto favorecimento dado a Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições deste ano, se aposentou aos 47 anos de idade. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (23).

Vasques deixou o comando da PRF e deu entrada no pedido de aposentadoria por temer represálias por parte do futuro governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, conforme noticiado pela coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

Vasques é investigado por usar as redes sociais para pedir votos para Bolsonaro no pleito de outubro e por deflagrar uma operação na manhã do dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições. As ações foram direcionadas principalmente para a Região Nordeste, que concentra o maior número de eleitores de Lula.

Ele também é investigado por não agir para acabar com os bloqueios ilegais e antidemocráticos promovidos por bolsonaristas nas rodovias brasileiras após a vitória de Lula no pleito de outubro.  Ele é  é réu por improbidade administrativa, sob a acusação de usar o cargo indevidamente e de pedir votos de forma irregular para Bolsonaro nas eleições deste ano.

Silvinei Vasques entrou na PRF em 1995, aos 20 anos de idade. Como ingressou na corporação antes da Reforma da Previdência, em 2019, ele pode pedir a aposentadoria com base na regra antiga, que estipula a possibilidade para homens com 30 anos de contribuição e 20 anos de atividade policial, independentemente da idade.

A regra atual exige idade mínima de 55 anos, 30 anos de contribuição e 25 anos de atividade policial para a aposentadoria.