Alckmin fala em acabar com IPI, imposto que atrai empresas para Zona Franca de Manaus

Manaus – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (16) que irá trabalhar para acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O ministro comentou sobre o assunto durante reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na sede da entidade na capital paulista.

Ele destacou que o IPI não foi incluído na lista de medidas fiscais apresentadas na semana passada pelo ministério da Fazenda, Fernando Haddad, e agora o próximo passo será buscar o fim do tributo, como pede há anos o setor industrial.

Alckmin, por diversas vezes em sua fala, defendeu uma simplificação no sistema tributário, que classificou de “cipoal de impostos” e “manicômio tributário”.

Zona Franca de Manaus

Durante o governo do ex-presidente Bolsonaro (PL), a redução do IPI chegou a ser de 35% para todas as Indústrias do Brasil, o que prejudicou em cheio a Zona Franca de Manaus (ZFM), onde o IPI é zerado.

Manter a ZFM preservada só foi possível por meio do auxílio de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), ingressadas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo partido Solidariedade e o Governo do Amazonas.

A redução total do IPI, sem excepcionalizar os produtos fabricados na ZFM, significa na prática, o fim da competitividade do Polo Industrial de Manaus. Uma vez que para se manter no Amazonas, as empresas instalam suas plantas fabris na região em troca de isenção fiscal.

Atualmente, o modelo ZFM gera mais de 500 mil empregos diretos e indiretos no Estado.

Assim que assumiu como ministro da Indústria, Geraldo Alckmin falou em “trabalhar alinhado com a Zona Franca de Manaus (ZFM)”, tendo como principal missão “promover um amplo processo que fortaleça a cadeia industrial brasileira, além de ampliar as exportações do país”.

Enquanto o vice-presidente fala em acabar com o atrativo da ZFM, a Suframa segue sem chefe nomeado pelo novo governo