Senador Omar defende que BNDES destine percentual para pesquisa e inovação no Brasil

Manaus – O senador Omar Aziz (PSD-AM) levantou a importância do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investir na Pesquisa e Inovação na Amazônia, como uma forma de encontrar novas potencialidades econômicas no País. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (18), o parlamentar levou a questão para o Diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco, Nelson Barbosa, pedindo atenção especial à questão da distribuição regional dos recursos.

“Infelizmente estamos muito atrasados em relação a inovação e tecnologia na Região Norte. E foi por meio de uma pesquisa da Embrapa que temos hoje uma das maiores produções de grãos. Mas os principais pesquisadores foram embora do País, por falta de aporte, por falta de oportunidade”, aponta o senador do Amazonas.

Com a maior abertura do BNDES para financiar ou apoiar projetos de Pesquisa e Inovação, iniciativas desenvolvidas dentro do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) poderiam ser beneficiadas diretamente. A retomada do CBA, que o vice-presidente Geraldo Alckmin visitou recentemente anunciando o contrato de gestão para início das operações do complexo, também elevou as expectativas de que o centro vire referência de pesquisa na Região.

“Estamos colocando muitas esperanças que a gente possa de fato pesquisar a Amazônia e dela poder trazer as riquezas sustentavelmente. Isso só é possível se a gente tiver o conhecimento daquilo que nós temos na Região”, reforça Omar.

Crédito para Micro e Pequenas Empresas

Com relatoria do senador Omar Aziz (PSD-AM), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a contratação de crédito de 1 bilhão de dólares para o financiamento do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac). A medida, que agora segue para análise no Plenário, foi aprovada em audiência nesta terça-feira (18), após esclarecimentos do Diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, sobre os desembolsos realizados pela instituição financeira no País e a desigualdade na distribuição regional dos recursos.

Em outros anos, o Sudeste chegou a receber cinco vezes a mais do BNDES em comparação com a Região Norte. Ao justificar a aprovação da contratação do empréstimo do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), ligado ao Brics, o parlamentar afirmou que se o BNDES mantiver essa média de desembolsos, ele estará atuando como um banco sem promover o desenvolvimento social e ambiental e sem atingir as regiões mais pobres.

“Em 2020, o valor todo desembolsado do BNDES foi de R$ 60 bilhões. Mas quem se beneficia disso é mais Sul e Sudeste. O Norte, Nordeste e Centro-Oeste são o ‘patinho feio’ do BNDES, mas é onde deveria ter um investimento maior. Por isso, a gente quer saber da política do BNDES daqui para a frente”, enfatiza Omar.