Processo de exploração de petróleo na foz do Amazonas é “complexo”, diz ministra Marina

Coletiva de Imprensa da Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, e da Ministra de Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha, Svenja Schulze. A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável envolve governo, iniciativa privada e sociedade civil. O apoio ao setor florestal está disponível desde a Rio-92. | Sérgio Lima/Poder360

Brasil – Nesta quarta-feira (17), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o processo de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas é “muito complexo”. Segundo ela, a última palavra caberá ao presidente do Ibama, o ambientalista Rodrigo Agostinho

– O Ministério do Meio Ambiente não dificulta nem facilita, ele cumpre o que está na lei – disse Marina.

A ministra deu declarações durante entrevista concedida à GloboNews e afirmou que a exploração de novas jazidas não se muda “por decreto”.

– É um processo muito complexo – afirmou.

Ainda segundo Marina, os empreendimentos “têm que mostrar viabilidade econômica, social e ambiental”.

Como revelou o Estadão, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas virou um cabo de guerra entre Marina e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia). A Petrobras defende o projeto, enquanto o Ibama, instituto vinculado à pasta de Marina, já emitiu um parecer técnico recomendando o indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela estatal.

Na entrevista, Marina citou o parecer técnico do Ibama; a decisão de seguir o parecer está sob análise de Rodrigo Agostinho. O impasse que opõe duas áreas do governo, deverá ser arbitrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À GloboNews, a ministra do Meio Ambiente defendeu a importância de se investir no processo de transição energética da Petrobras.

– Tem que apostar em energia renovável: eólica, solar, de biomassa – disse.

Marina citou também o esforço que a China tem, segundo ela, feito nessa direção.

A Petrobras busca licença para a atividade de perfuração marítima no chamado Bloco 59, localizado a 179 quilômetros da costa do município de Oiapoque (AP). A estatal afirma que todas as suas operações seguem “rigorosamente” as normas ambientais e de segurança. Os direitos exploratórios deste e de outros cinco blocos vizinhos foram adquiridos pela estatal em leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre 2018 e 2020. O que está em discussão, neste momento, é a licença para perfuração, com o objetivo de averiguar o volume de petróleo disponível. A região é apontada como o “novo pré-sal”.

Fonte: Plano News