Amazonas – O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi às redes sociais nesta quinta-feira (25) para tentar se promover politicamente do aumento dos casos de doenças respiratórias no Amazonas e criticar a estrutura das unidades de saúde da capital amazonense.
Derrotado na corrida eleitoral de 2022, Braga parece não sair do palanque e continua a fazer campanha contra a gestão foi reeleita pela população. O ex-governador também finge não lembrar que sua gestão frente ao Governo do Amazonas foi marcada por inúmeros escândalos na área da saúde, com casos de medicamentos superfaturados à mulheres dando à luz em corredores de hospitais de Manaus.
Em post no Instagram, o senador que já governou o Amazonas por dois mandatos consecutivos, publicou foto do Hospital e Pronto Socorro da Criança – Joãozinho e descreveu como “abandonadas” as estruturas hospitalares do estado.
“É lamentável que desde então as estruturas hospitalares do nosso Estado estejam abandonadas a ponto de tornar ainda maior o sofrimento das nossas crianças adoentadas e de seus responsáveis. Um absurdo que pode ser corrigido com boa gestão e o mínimo de espírito público“, escreveu.
Teu passado te condena
Em 2005, a Justiça Federal investigou a gestão Braga pela compra de remédios superfaturados em mais de 5 mil porcento. Naquele ano, a juíza Jaíza Frace determinou intervenção junto à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) para investigar as irregularidades.
Em 2006, enquanto Braga governava o Amazonas, reportagem do jornal A Crítica denunciou a falta de leitos e berços na Maternidade Ana Braga – construída pelo então governador e com nome em homenagem à mulher que ajudou a criá-lo. Ao mesmo tempo, o Diário do Amazonas denunciou que Braga “maquiou” o HPS João Lúcio para visita do então ministro da Saúde, José Temporão.
Aumento das Síndromes Respiratórias
Boletim InfoGripe, da FioCruz, apontou que 13 das 27 unidades da federação enfrentam aumento no número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – nos quais o Amazonas aparece listado, com predominância entre as crianças.
No Amapá, estado vizinho ao Amazonas, a situação é tão grave que o estado está em emergência devido o grande número de hospitalizações infantis – até o momento, seis crianças morreram e outras 200 encontram-se internadas.
