Major da PM, acusado de golpes, montava stand da Lótus dentro do comando geral

Manaus – O Major da Polícia Militar Jonatas Soares está sendo acusado de participar do esquema de estelionato praticado por empresários donos do “Grupo Lótus”, que chegou a lucrar mais de R$50 milhões em golpes cometidos contra servidores públicos do Amazonas.

Segundo informações, o major montava o stand da lótus dentro do comando geral da PM.

A quadrilha foi desarticulada durante a operação “Esfinge” da Polícia Civil na última quarta-feira (14). O grupo agia como uma empresa financeira e conseguiu aplicar o famoso golpe da “pirâmide financeira”, resultando na prisão de mais de 19 pessoas nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Sergipe e Santa Catarina.

De acordo com informações da Polícia Civil, os membros dessa organização criminosa agiam desde 2021 e conseguiram abrir dezenas empresas até os tempos atuais e tentavam induzir os servidores públicos a fazerem empréstimos. As investigações apontaram que o “coração” das operações criminosas eram realizados na “Lótus Financeira”.

Eles seriam responsáveis pela abertura de dezenas de empresas, usadas como base para lavagem de dinheiro. Gerenciavam um esquema de pirâmide financeira e acabavam cooptando servidores públicos do Amazonas e induzindo os mesmos a fazerem empréstimos e eram repassados para a empresa Lótus. Eles tinham acesso às margens consignadas desses servidores e informações pessoais dessas pessoas. Os valores eram escoados em relação às outras empresas criadas pelo bando”, disse o delegado Cícero Túlio, titular do 13° DIP (Distrito Integrado de Polícia).

O Major da PM Jonatas Soares seria uma peça importante no esquema; ganhando a confiança de seus colegas de farda e chegando até a montar um stand de sua empresa (companhia aérea de viagens “IOD Viagens”) dentro de um dos batalhões da Polícia Militar, além de fazer a segurança dos líderes do esquema criminoso.