Itaú se manifesta sobre a CPI das Lojas Americanas

Brasil – A direção do Itaú Unibanco se manifestou a respeito da ação de deputados federais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Lojas Americanas. Nesta semana, parlamentares apresentaram pedido de convocação de representantes da instituição financeira para depoimento ao colegiado.

Além disso, o posicionamento por parte do banco ocorre depois de que auditorias entraram no radar da comissão. Isso porque o atual presidente da companhia, Leonardo Coelho Pereira, afirmou que as duas empresas responsáveis pelo serviço, KPMG e PwC, poderiam ser responsáveis por fraude. O executivo ainda sugeriu que o Itaú e o Santander poderiam, segundo ele, fazer parte disso.

Em nota enviada a Oeste por meio da equipe de comunicação, o Itaú Unibanco nega participação em qualquer eventual irregularidade relacionada à rede varejista. “As cartas de circularização, que são instrumento de apoio aos trabalhos de auditoria, até 2017 traziam o saldo integral das operações de antecipação contratadas por fornecedores, denominadas ‘risco sacado’”, afirma o banco.

De forma mais direta, a equipe do Itaú Unibanco rebateu a declaração de Pereira. “É leviano atribuir a terceiros a responsabilidade pela fraude, confessada ontem pela companhia ao mercado”, afirmou, em trecho do comunicado, a instituição financeira.

A saber, a ideia inicial da comissão é ouvir o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho. O requerimento para a convocação dele foi assinado por dois deputados federais do Psol: Tarcísio Motta (RJ) e Fernanda Melcionna (RS).

Leia, abaixo, a íntegra da nota oficial do Itaú a respeito da CPI das Americanas, que segue na Câmara dos Deputados, e das recentes declarações do presidente da companhia:

O Itaú Unibanco esclarece que as cartas de circularização, que são instrumento de apoio aos trabalhos de auditoria, até 2017 traziam o saldo integral das operações de antecipação contratadas por fornecedores, denominadas “risco sacado”.

A partir de 2018, após discussões de mercado, a carta de circularização foi restringida para refletir apenas as operações contratadas diretamente pela Americanas, com a exclusão do saldo das operações de antecipação contratadas por fornecedores.

Por outro lado, como medida de transparência, foi adicionado o parágrafo que alertava para a realização de operações de antecipação de recebíveis emitidos contra a Americanas, permitindo que as empresas de auditoria conhecessem sua existência e questionassem sobre seu saldo, caso necessário.

O Itaú reforça que a elaboração das demonstrações financeiras é responsabilidade exclusiva da companhia e de seus administradores. É leviano atribuir a terceiros a responsabilidade pela fraude, confessada ontem pela companhia ao mercado.

Via: Revista Oeste