CARA DE UM, FOCINHO DO OUTRO! Homem diz ser filho de Gugu e pede teste de DNA para comprovar

BRASIL – Um novo capítulo da disputa pela herança do apresentador Gugu Liberato parece ter começado. Nesta quarta-feira (21), veio à tona um processo movido pelo comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, para ser reconhecido como filho de Gugu e receber parte da herança deixada por ele.

Em entrevista, Ricardo disse que sempre soube ser filho de Gugu, mas o assunto era tabu em sua família. “Sei desde criança. Tive uma oportunidade de ir conhecê-lo quando ainda era criança, por volta dos 10 ou 12 anos, mas eu não queria. E se tornou um tabu na minha família, de não querer falar sobre esse assunto”, disse ele.

Em março, Ricardo ingressou com a ação junto à Justiça pedindo a investigação da paternidade. Segundo o comerciante, Gugu e a mãe dele tiveram relacionamento nos anos 1970, quando ambos eram adolescentes.

De acordo com a intimação, Otacília Gomes da Silva, mãe de Ricardo, teria conhecido Gugu no segundo semestre de 1973 “em uma padaria que existia na rua Aimberê, no 458, bairro de Perdizes, nesta capital“. O documento afirma que “a genitora” trabalhava como babá e empregada doméstica “na residência de uma família nipônica” que morava ao lado da panificadora quando conheceu Liberato.

Na época, ela frequentava a padaria e mantinha contato com o apresentador. “Oportunidade em que se encontrava com Antonio Augusto que, muito comunicativo, a flertava e, com o passar do tempo houve a evolução da amizade, alguns passeios, culminando em relacionamento íntimo entre eles“, relata a intimação. Após passar as férias com os patrões no litoral paulista, Otacília retornou para capital em 1974 e “constatou a gravidez”. Ela tentou procurar por ele para “lhe informar a novidade”, mas “este não mais foi encontrado naquele comércio, perdendo totalmente o contato”. Ricardo nasceu em outubro daquele ano.

“Sou uma pessoa meio reservada. Só fiz agora [a ação na Justiça] para tirar essa dúvida. Meu problema maior não é nem financeiramente. Meu problema é tirar essa dúvida. Tem essa questão de dinheiro por trás que envolve muita coisa, mas não é o meu caso. Quem nunca quis ir atrás fui eu. Pela minha família, a gente teria feito isso desde criança”, declarou.

Herdeiros avisados

Os filhos de Gugu, João Liberato e as gêmeas, Marina e Sofia Liberato, possíveis irmãos de Ricardo foram comunicados da investigação durante audiência na quarta-feira (22). Se a paternidade for comprovada, o testamento feito por Gugu em 2011 será invalidado.

Morto em 2019, Gugu deixou seu patrimônio dividido entre seus 3 filhos e 5 sobrinhos. Não contemplada no inventário, Rose Miriam, mãe de João e das gêmeas também abriu processo para reconhecimento que de união estável com Liberato e receber uma fatia da herança. O processo corre na Justiça.

STJ valida testamento

Numa ação judicial paralela, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) validou o testamento deixado por Gugu. Com a decisão, Rose Miriam não foi incluída entre os herdeiros.

Pela decisão do STJ, a divisão feita por Gugu foi chancelada e a divisão da herança ficou assim:

  • João Augusto Liberato – 25% (cerca de R$ 250 milhões)
  • Marina Liberato – 25% (cerca de R$ 250 milhões)
  • Sofia Liberato – 25% (cerca de R$ 250 milhões)
  • André (sobrinho) – 5% (cerca de R$ 50 milhões)
  • Alexandre (sobrinho): – 5% (cerca de R$ 50 milhões)
  • Alice (sobrinha): – 5% (cerca de R$ 50 milhões)
  • Amanda (sobrinha) – 5% (cerca de R$ 50 milhões)
  • Rodrigo (sobrinho): – 5% (cerca de R$ 50 milhões)