Entretenimento – A Barbie é um ícone pop que atravessa gerações e ao longo do tempo também se tornou um símbolo de representatividade. O mesmo acontece com o filme que está em cartaz, e além de bonecas das mais variadas etnias, também temos Hari Nef, uma atriz trans, representando a Barbie médica.
Nef quase não conseguiu participar das gravações do longa por conflito de agendas. Entretanto, enviou uma carta para a diretora Greta Gerwig e para a produtora Margot Robbie, que também interpreta o papel principal, contando o quanto o papel era importante para ela e pedindo para que alterassem o cronograma de filmagens.
Na carta, a atriz conta que política de identidade e cinema não são sua combinação favorita, mas o nome Barbie paira sobre todas as mulheres americanas. Ela também conta que usava a palavra “boneca” como uma brincadeira entre suas amigas trans como uma forma de zombar dos padrões estabelecidos para mulheres.
Mas por baixo da palavra “boneca” está a forma de uma mulher que não é exatamente uma mulher – reconhecível como tal, mas ainda uma farsa. “Boneca” é carregada, glamorosa; ela é, e ela não é. Chamamo-nos “as bonecas” diante de tudo o que sabemos que somos, nunca seremos, esperamos ser. Gritamos a palavra porque a palavra importa. E nenhuma boneca importa mais do que a Barbie”, escreveu Nef.
Fonte: Estado de Minas
