Brasil – A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pediu ao Ministério da Justiça uma investigação sobre “ataques de ódio” e ameaças recebidas depois de ter usado, no domingo 24, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir à final da Copa do Brasil em São Paulo. Flamenguista, a ministra escolheu o jogo entre o Flamengo e o São Paulo, no Morumbi, para uma agenda “de enfrentamento ao racismo nos esportes”.
Anielle levou consigo duas assessoras, também flamenguistas, para a partida. Uma delas, Marcelle Decothé, acabou exonerada, depois de fazer uma publicação ofensiva a pessoas brancas, a são-paulinos, a paulistas e a europeus.
Depois disso, na quinta-feira 28, Anielle Franco fez um dossiê para o ministério de Flávio Dino, informou a Agência Brasil. Ela disse ter sido vítima de “ataques, xingamentos, ameaças e racismo” por meio de mensagens nas redes sociais Instagram e X (antigo Twitter) e do e-mail institucional.
“Os textos dos ataques foram reunidos com os perfis, dias e horas dos envios/postagens, para que municiem a investigação e posterior responsabilização dos autores”, informou a agência estatal.
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) protocolou na quarta-feira 27 um requerimento de convocação para que a ministra Anielle Franco esclareça os gastos das verbas com viagens. Sob o comando de Anielle, o Ministério da Igualdade Racial já gastou R$ 12,5 milhões em 2023. Desse total, R$ 6,1 milhões foram destinados a pagar passagens aéreas e diárias de servidores.
No requerimento, Kataguiri também questiona o fato de a ministra e sua equipe terem usado um avião da FAB para assistir à final da Copa do Brasil.
O deputado também protocolou um requerimento de auditoria, no qual pede auxílio ao Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalizar possíveis irregularidades nos gastos de Anielle com viagens do ministério. Os requerimentos aguardam a apreciação na Comissão de Fiscalização Financeira.
Fonte: Revista Oeste
