Cantora Priscilla diz em podcast que a religião a ‘afastou’ das pessoas

Famosos – Priscilla, ex-cantora gospel e ex-apresentadora do Bom dia & Cia, disse que a religião a “afastou” das pessoas em entrevista à revista Veja.

Em 9 de novembro, a cantora lançou a música Quer Dançar, uma releitura de uma música do Bonde do Tigrão, para marcar de vez o seu rompimento com o gospel. Antes conhecida como “Priscilla Alcântara”, a artista também decidiu abandonar o sobrenome do nome artístico.

“Por muito tempo, vi a religião me distanciar das pessoas e apartá-las desse Deus que amo”, disse Priscilla à revista. “Quando comecei a raciocinar, compreendi que a espiritualidade só é útil se, ao contrário, me aproximar dos outros.”
Priscilla diz que não segue mais “doutrina” e que evangélicos “suplicam” por sua volta

A cantora também disse que o “fundamentalismo” “rejeita” todo o tipo de “diversidade”. Ela disse que amadureceu a fé quando se tornou parceira de outras “narrativas”, e que agora a fé se tornou “autônoma”.

“Não dependo da imposição de alguém e me afastei de tudo que é doutrina”, disse Priscilla. “Sempre fui curiosa: o cristianismo não é sobre formar repetidores, mas pensadores que buscam uma crença inteligente e racional.”

O repórter da revista perguntou a Priscilla sobre os evangélicos que criticam sua saída para o gospel, e que supostamente estariam pedindo para que ela voltasse.

“É engraçado que supliquem agora, sendo que já não gostavam de mim antes”, respondeu Priscilla. “Só pode ser um amor não revelado, ou um ato de quase masoquismo. Atitudes assim existem porque as pessoas não buscam mais consumir algo que lhes agrade, e, sim, aquilo que pode ser criticado. É uma forma doentia de se viver digitalmente — só querem encher o saco.”

A artista de 27 anos também disse que não acredita mais que gays vão “para o inferno por serem gays”. “Se falasse isso na minha carreira gospel, seria hostilizada e perderia trabalhos. Me sentia muito sozinha. Ao crescer na vida pessoal e profissional, vi que não precisava mais ser refém dessa pressão.”

Fonte: Revista Oeste