Deputados petistas querem homenagear MST em sessão na Câmara

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros segmentos sociais fazem ato público em apoio ao registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

Brasil – Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) querem fazer na Câmara dos Deputados uma sessão solene em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), alvo recente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa.

O pedido, protocolado na quinta-feira 15, é assinado pelo líder do PT na Casa, Odair Cunha (MG), e pelos deputados Valmir Assunção (BA), Marcon (RS) e João Daniel (SE).

Na justificativa, os parlamentares afirmam que o MST “organiza o povo” e representa uma “alternativa econômica”. “A função de um movimento social é organizar o povo. E é isso que o MST faz enquanto alternativa econômica, de projeto de desenvolvimento alternativo no campo brasileiro, responsável não apenas pela produção de alimentos saudáveis, mas também na garantia de escolas no campo, de cultura, esporte e lazer, que constrói ferramentas para acesso aos direitos básicos”, escreveram os parlamentares no Requerimento 247/2024.

Segundo a justificativa do requerimento, o MST está organizado em 24 Estados e representaria 400 mil famílias assentadas e 70 mil acampadas. Além disso, orbitariam em torno do movimento 1,9 mil associações, 185 cooperativas e 120 agroindústrias.

“O MST, sem dúvidas, é o maior movimento social da América Latina”, afirmam os petistas. “É uma expressão concreta do exercício democrático.”

Em 2023, Câmara dos Deputados instaurou a CPI do MST

No ano passado, a Câmara dos Deputados instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o MST. Iniciada em maio de 2023, a CPI encerrou seus trabalhos no final de setembro sem votar o relatório final elaborado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP).

Mesmo sem a aprovação do relatório, Salles apresentou no documento o indiciamento de 11 pessoas, incluindo o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GS), Gonçalves Dias, e o líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha.

Fonte: Revista Oeste