Abuso! PM invade adega, levam bebidas e algemam dona do estabelecimento

Brasil – Uma ação realizada pela Polícia Militar do Paraná e pela Guarda Civil de Curitiba, na capital do estado, revelada pelo SBT, deixou a população revoltada com tamanho desmando e truculência. Nas imagens registradas pelas câmeras de segurança de uma adega, um efetivo de PMs e GCMs chega ao estabelecimento de forma repentina e bastante alterado, já indo em direção às mercadorias e a uma jovem, que é proprietária da loja junto com os pais.

Em questão de instantes ela passa a ser “contida” pelos policiais, que tentam de qualquer forma colocar seus braços para trás para algemá-la. A comerciante fica desesperada e uma outra mulher chega na sequência, que seria sua mãe, que igualmente passa a ser alvo dos PMs e GCMs. Ela é levada para o lado de fora da loja.

Do lado de dentro, é possível ver os agentes que fazem a ‘operação’ retirarem várias garrafas das prateleiras e balcões, levando-as embora. A jovem proprietária disse à reportagem do SBT que todas eram bebidas muito caras e que ela se prontificou a mostrar as notas ficas de tudo que era comercializado na adega, mas teria sido ignorada. Duas PMs femininas também atuam na ‘ocorrência’ e agem com agressividade contra a dona do lugar. Funcionários da Prefeitura de Curitiba faziam parte da ‘diligência’.

A alegação das autoridades ao chegarem à adega era de que uma denúncia apontaria o local como um ponto de venda de produtos contrabandeado. No entanto, nem PMs, GCMs ou agentes da prefeitura estavam munidos de qualquer mandado para entrar na propriedade privada, tampouco perguntaram por documentos que poderia provar que os itens comercializados eram legais. A desculpa oficial para levarem garrafas (as mais caras) seria uma “apreensão” dos produtos supostamente irregulares, ainda que os policiais que pegam as bebidas façam isso de forma totalmente aleatória, como mostram as imagens.

Para piorar tudo, a dona da adega ainda revelou que os policiais e guardas municipais entraram na casa onde ela vive com a família, que fica em cima da adega, outra vez sem qualquer mandado ou ordem judicial, o que é absolutamente ilegal.

Em nota, o Comando do Policiamento Especializado da Polícia Militar do Paraná, responsável pela chamada Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU), disse que optou por instaurar um procedimento de apuração para analisar a conduta dos envolvidos na ‘operação’ realizada na adega.

Fonte: Revista Fórum