Após o ‘BBB 24’, Isabelle comenta possível climão com Deniziane e fala do futuro com Matteus fora da casa: ‘Carinho’

Brasil – Terceira colocada do ‘Big Brother Brasil 24’ (com 14,98% dos votos), Isabelle diz que entrou no jogo decidida a honrar sua cultura e seguir seu coração, e não desviou desta rota em nenhum momento. Também por isso, se arriscou em um jogo solo que a levou até a final, não sem antes gerar críticas e desconfiança nos adversários. Foi a fiel-escudeira de Davi, engatou um romance no finalzinho da competição com Matteus – que começou a temporada como um de seus principais oponentes – e concluiu a participação no BBB com o sentimento de dever cumprido.

Como foi chegar à final com o Davi, seu grande amigo, e o Matteus, seu crush na casa?

O Davi nunca deixou de ser meu top 2, desde o começo do jogo, e eu era o dele. Do fundo do meu coração, fico muito feliz com a vitória do Davi porque eu conheço a história dele e sei o sufoco que ele passou lá dentro, acompanhei desde o começo. Obviamente eu queria sair milionária e conseguir realizar o sonho da minha família de uma vez por todas, mas me alegra a vitória dele. Fico feliz como se fosse eu. Já o Matteus foi algo improvável porque ele não era meu top, éramos adversários, mas o finalzinho teve uma grande virada. Tanto que ele me mandou para o paredão nesses últimos dias. A gente deixou o coração de lado e foi jogar. Isso é jogo também. O Matteus foi uma grande surpresa, mas foi muito legal porque a gente pôde ficar se cheirando um pouquinho mais (risos).

Qual era o seu maior objetivo ao entrar no reality? Acredita ter conseguido alcançá-lo?

Meu maior objetivo era, de fato, ser campeã. E eu consegui alcançar. Essa vitória vem independentemente do pódio, em um sentimento de merecimento com o carinho do povo, os trabalhos que já estão chegando. O valor do prêmio eu vou trabalhar aqui fora para conseguir fazer e acredito que, em nome de Jesus, vou conseguir em breve. E todos os sonhos que eu tenho vão se realizar, como o da casa própria, de tirar minha mãe do aluguel e dar a ela uma vida melhor. Eu entrei com o interesse de ser campeã, e saio campeã.

E qual foi o seu maior medo lá dentro?

Meu maior medo foi sobrecarregar as pessoas dentro e fora da casa levando emoções minhas. Porque você fica muito carente, triste, nervoso, e isso acontece sem querer. Então, eu acabei me sobrecarregando, guardando muitas coisas para mim. Por um lado, isso me deixava com a consciência tranquila, mas por outro fiquei um pouco triste. Mesmo tendo companheiros e aliados, eu não conseguia desabafar alguns sentimentos. Foi um grande desafio. Outro medo era a possibilidade de votar em pessoas que eu gostava. Na reta final, por exemplo, tive que pensar em votar na Giovanna, de quem eu já tinha sido próxima um dia. Estava distante naquele momento, mas não queria ter que votar nela por ter essa gratidão de que um dia ela me ajudou. Isso pesou muito para mim.

Durante o programa, você deu grande visibilidade ao festival de Parintins e à cultura amazonense. Como se sente ao saber que essa representação alcançou todo o Brasil através da sua participação no reality?

Esse é um dos motivos de eu ter entrado, para ser campeã e para levar um pouco da minha cultura nortista e amazonense de Parintins, da qual eu tenho muito orgulho. Eu sou o Festival de Parintins porque vivo isso desde cunhatã. Poder falar um pouco do valor que é o Festival de Parintins, que é do Norte, do Brasil, mas que muitas pessoas ainda não conhecem, me alegra muito. É uma festa, mas também uma fonte de renda para muitas pessoas. Por exemplo, alguns pescadores na época do Festival de Parintins viram pintores das alegorias. Ganham uma renda extra e sustentam suas famílias com isso. É uma festa que movimenta muitas vidas não só em Parintins e Manaus, mas no Amazonas e no Norte. Pessoas de Belém e Santarém, no Pará, de Roraima e outros estados vão para Parintins também. É uma grande fonte de renda para o povo que vive da arte. Fora essa paixão de dividir um pouco da cultura que fala dos povos indígenas, dessa magia que a floresta tem quando a gente a preserva, sobre a mãe natureza e os animais. Me sinto engrandecida e uma porta-voz de muitas outras vozes que podem ser ouvidas, mas estão camufladas.

Com a repercussão do programa, os bois Garantido e o Caprichoso se uniram para torcerem por você. O que isso representa?

Eu sou uma gota nesse oceano. O nosso Festival de Parintins já existe há mais de 50 anos e os bois, há mais de 100. A gente vive uma rivalidade saudável e essa unificação acontece quando alguma voz do Amazonas sai para ganhar o mundo. Sou muito grata e muito feliz, jamais em toda a minha vida apostei que isso aconteceria. Eu falaria de Parintins mil vezes, como falei, tanto do Boi Garantido quanto do Boi Caprichoso, porque um não existe sem o outro. É por isso que saio do programa me sentindo uma campeã. Eu não me vejo num pódio inferior. De verdade, me sinto muito campeã.

Nos últimos dias, você se entregou ao romance com o Matteus. Depois de hesitar, por que decidiu viver essa relação na casa?

Eu hesitei muito por conta do que ele tinha vivido no começo com a Anny [Deniziane], respeito muito ela como mulher e me coloquei no lugar dela. O Matteus era um alvo meu declarado por vários motivos. Depois a gente começou a ter uma conexão dançando juntos, mas tínhamos essa rixa de adversários. Quando comecei a andar com o grupo Fadas, percebi que ele não podia mais ser uma opção de voto porque a gente andava juntos. Conversando com as meninas, eu vi que existia um carinho que não era só da minha parte. Então, a gente conversou, ele falou que queria já tinha um tempo e explicou que não sentia mais como se tivesse um compromisso porque ela tinha terminado o relacionamento. Como eu tinha falado que eu não ia ficar com ele, me senti incoerente, mas como é que mantém a coerência dançando com um homem desse? (risos) A família dele veio falar comigo já, vou lá para o Alegrete conhecer o sofá que a avó dele gravava os vídeos do anjo (mais risos). Bora ver!

Enxerga a possibilidade de manter o relacionamento com ele fora da casa?

Eu trabalho muito, tenho que ajudar a minha mãe, e a gente vive muito longe um do outro. Eu já tive um relacionamento à distância anos atrás e foi uma experiência gostosa, mas teve algumas marcas não tão boas. Mas eu vou lá conhecer a terra dele e ele com certeza também vai lá no Amazonas visitar.

Fonte: Extra