
A cigana presa na última quarta-feira (29) por suspeita de envolvimento na morte de um empresário no Rio de Janeiro era popular nas redes sociais e cobrava até R$ 1.000 por uma “amarração do amor”. Luiz Marcelo Antonio Ormond foi assassinado este mês, e há suspeitas de que ele tenha sido envenenado após consumir um brigadeirão.
Suyany Breschak, que usava o nome Cigana Esmeralda na internet, tinha quase 700 mil seguidores em uma de suas redes sociais. Ela se apresentava como “cigana legítima de berço”.
“Faço todos os trabalhos espirituais: amarração amorosa, casamento espiritual, cartas, búzios e tarô, limpeza espiritual, abertura de caminhos e pacto de prosperidade”, anunciou em uma postagem.
Suyany cobrava R$ 50 por consultas via chamada de voz e R$ 100 por vídeo. Ela anunciava amarrações, realizadas em datas específicas, por “apenas R$ 1.000” para quem reservasse imediatamente.
“Na minha consulta, você não precisa falar nada. Eu revelo o presente, o passado, o futuro e todas as áreas da sua vida”, afirmou em um vídeo. “Meu WhatsApp é apenas para consultas pagas. Perguntas e respostas gratuitas são somente nas rodas de caridade”, adicionou.
Ela ainda destacava que atendia de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h. “Trago seu amor mesmo que ele esteja com outra pessoa. Ele virá rastejando, implorando por perdão, e terá olhos e prazer apenas com você”, prometia.
A cigana também publicava dicas de “simpatias para o amor” e compartilhava comentários de supostos clientes satisfeitos com seus serviços.
Relembre o Caso
Suyany Breschak foi detida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na última quarta-feira (29), sob suspeita de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond. Ele foi encontrado morto em seu apartamento na zona norte do Rio no dia 20 de maio, em avançado estado de decomposição.
A principal suspeita do crime é a namorada do empresário, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. Ela é acusada de dopar e matar Ormond, além de enviar mensagens do celular da vítima para enganar amigos e familiares sobre seu paradeiro.
Suyany teria ajudado Júlia a se desfazer dos bens do empresário, incluindo a venda de seu carro. Durante a prisão, Suyany confessou ter participado da ocultação dos pertences de Ormond e revelou que grande parte de seus ganhos vinha dos pagamentos de uma dívida de R$ 600 mil que tinha com a vítima. O caso segue sob investigação da 25ª DP do Rio de Janeiro.






