Funcionários de campanha opositora de Maduro são presos

FILE - Venezuelan President Nicolas Maduro holds a small copy of his nation's constitution during ceremony marking the start of the judicial year at the Supreme Court in Caracas, Venezuela, Jan. 31, 2024. A secret memo obtained by The Associated Press details a covert operation by the U.S. Drug Enforcement Administration that sent undercover operatives into Venezuela to record and build drug-trafficking cases against the country’s leadership including Venezuelan President Nicolás Maduro. (AP Photo/Ariana Cubillos, File)

A líder opositora María Corina Machado denunciou, nesta segunda-feira (17), a prisão de Javier Cisneros e Gabriel González, colaboradores da campanha do ex-embaixador Edmundo González Urrutia à Presidência da Venezuela. Com esses, já são cinco jovens antichavistas presos desde a última sexta-feira (14).

“Isso é o regime criminalizando a rota eleitoral,” afirmou a ex-deputada.

Segundo Machado, 37 opositores de Nicolás Maduro foram presos este ano, sendo 20 ligados à campanha de Urrutia, candidato nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Machado explicou que Cisneros, líder juvenil do partido Venha Venezuela (VV), e González, da equipe de comunicação, foram detidos enquanto saíam para comprar almoço, sendo levados para o Helicoide, prisão do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência).

Ela ressaltou que esses jovens são acusados injustamente de incitação ao ódio e associação para cometer crimes apenas por apoiarem Urrutia.

Machado denunciou ainda que os detidos foram privados do direito a advogados particulares e que defensores públicos pressionam os antichavistas a incriminá-la em planos violentos para obterem liberdade. Desde sexta-feira, foram detidos também os políticos Jeancarlos Rivas e Juan Iriarte, além do jornalista Luis López, todos associados a Urrutia.