
Na noite de quarta-feira, 24, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a reforma tributária, atualmente em regulamentação no Congresso. Em entrevista à GloboNews, Haddad destacou a importância de que todos paguem impostos para ajudar no reequilíbrio das contas públicas. Ele mencionou que o Brasil enfrenta um “déficit absurdo” há cerca de dez anos e que o governo está trabalhando para corrigir essa situação.
“Quem não paga imposto tem que voltar a pagar, senão a gente não reequilibra as contas”, afirmou Haddad, ressaltando o impacto da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia na arrecadação.
Contenção de verbas e déficit primário
Focado nas contas de 2024, Haddad e o Ministério do Planejamento confirmaram a necessidade de cortar 15 bilhões de reais em verbas ministeriais para reduzir o déficit primário do governo central a 28,8 bilhões de reais, o limite inferior da meta de déficit zero.
Um dos motivos do congelamento é o aumento dos gastos projetados com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante renda a pessoas com deficiência e idosos.
Programas sociais e combate a fraudes
Haddad garantiu que a contenção de verbas não afetará programas sociais. Em 2023, o governo economizou cerca de 9 bilhões de reais no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social ao identificar fraudes e restabelecer filtros para evitar pagamentos indevidos.
Sustentabilidade fiscal e orçamento de 2025
Questionado sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal a partir de 2026, Haddad reconheceu o “debate legítimo” sobre o tema, mas afirmou que o governo entregará um orçamento fiscal para 2025 “bastante consistente”.
Reforma tributária no Senado
Haddad também defendeu o avanço da reforma tributária no Senado, considerando natural que a Casa deseje opinar sobre o tema. Ele demonstrou confiança nas lideranças para evitar atrasos na sanção da regulamentação, prevista para este ano.






