Ditador Nicolás Maduro alega ser alvo de tentativa de golpe de Estado na Venezuela

Nesta segunda-feira (29), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que uma tentativa de golpe de Estado “de caráter fascista” está em andamento, em meio às controvérsias sobre sua reeleição, anunciada no domingo (28) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e rejeitada pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.

“Estão tentando impor um golpe de Estado na Venezuela, novamente, de caráter fascista e contrarrevolucionário,” disse Maduro durante o ato de proclamação como presidente reeleito, na sede do CNE, em Caracas.

Maduro comparou a situação atual ao ocorrido em 2019, quando o oposicionista Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino do país, uma posição reconhecida por cerca de 50 países, mas sem efetivo poder.

“Estão ensaiando os primeiros passos fracassados para desestabilizar a Venezuela e impor novamente um manto de agressão e dano, uma espécie de filme Guaidó 2.0.”

Maduro destacou que “a mesma ultradireita, os mesmos grupos liderados pelo imperialismo americano, os mesmos países” estão por trás dessa tentativa de golpe. Ele garantiu que desta vez, a Constituição e a lei venezuelanas serão respeitadas e que “nem o ódio, nem o fascismo, nem a mentira, nem a manipulação” prevalecerão.

Esta declaração foi feita minutos após nove países (Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana) solicitarem uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir os resultados das eleições na Venezuela. Outros países também expressaram preocupação com as alegações de fraude da oposição e pediram transparência no processo eleitoral, além de uma contagem detalhada dos votos.