
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira (31 de julho de 2024) que está preparado para convocar a população para uma “nova revolução” caso os Estados Unidos e “criminosos fascistas” interfiram nas eleições do país.
“Queremos continuar no caminho que Hugo Chávez traçou, mas se o imperialismo norte-americano e os criminosos fascistas nos obrigarem, eu não vou hesitar em chamar o povo para uma nova revolução”, declarou Maduro a jornalistas no Palácio Miraflores, sede da Presidência venezuelana.
Em seu discurso, Maduro identificou Elon Musk, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei como membros da “ala internacional fascista”. Ele reiterou que “a Venezuela não vai cair nas mãos do fascismo e do imperialismo”.
Maduro também criticou a mídia internacional, acusando-a de incitar um conflito civil no país. Ele afirmou que a Venezuela tem a “sua verdade” e que enfrentará as “mentiras” propagadas pelos meios de comunicação.
Eleições Venezuelanas
No domingo (28 de julho), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia, da Plataforma Unitária Democrática (centro-direita).
A oposição contestou os resultados, alegando que González Urrutia teria recebido mais de 67% dos votos, enquanto Maduro teria apenas 30%. A falta de transparência na contagem dos votos tem sido criticada tanto pela oposição quanto por observadores internacionais, que exigem maior clareza no processo eleitoral do país.







