O apresentador José Luiz Datena, candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, foi entrevistado pela jornalista Natuza Nery no podcast “O Assunto”, do portal G1, na terça-feira, 6.
Durante a conversa, Natuza se incomodou com as interrupções constantes de Datena. Em um trecho que viralizou nas redes sociais, ela explicou o conceito de manterrupting, que ocorre quando um homem interrompe mulheres e não as deixa concluir suas falas.
Datena negou estar interrompendo a entrevistadora, afirmando que os problemas de São Paulo são complexos e merecem respostas aprofundadas. No entanto, ele se retratou no final da entrevista. “Em que pese eu ter começado mal, eu me desculpo com você se eu lhe passei essa má impressão”, disse.
Durante a entrevista, Datena afirmou que seu principal objetivo é ser senador, cargo que estará em disputa em 2026. Ele defendeu que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) receba poder de polícia para combater o crime organizado ao lado das polícias Militar e Civil. Além disso, prometeu aumentar os salários dos guardas e melhorar a infraestrutura de trabalho, mas não se aprofundou em detalhes e custos dessas ações.
Datena também negou ter traído Tabata Amaral (PSB), explicando que inicialmente queria ser vice dela, mas mudou de ideia quando a deputada articulou sua ida para o PSDB. Na segunda-feira, Tabata sugeriu que se sentia traída pelo jornalista.
“Naquele momento, eu não queria ser prefeito [quando ainda estava no PSB]. Ainda hoje, meu objetivo principal é ser senador. Sempre pensei em começar como senador, mas no meio do caminho, a Tabata queria mais minutos de [propaganda eleitoral na] televisão”, afirmou.
A visão de Datena sobre os guardas municipais está alinhada com as entidades que representam a categoria, que defendem a transformação das guardas civis em polícias municipais, esperando que o Congresso Nacional aprove essa mudança.
