Venezuela enfrenta crise migratória com 8 milhões de emigrantes

A Venezuelan migrant holds a sign reading "We Are Hungry" in the streets of Guayaquil, Ecuador, on April 22, 2020, during the novel coronavirus, COVID-19, pandemic. - More than 180,000 people in the world have died from the novel coronavirus since it emerged in China last December, according to an AFP tally based on official sources. (Photo by Jose SANCHEZ / AFP)

Sob a ditadura de Nicolás Maduro, quase 8 milhões de venezuelanos já deixaram o país em busca de melhores condições de vida. Maduro, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é acusado de fraudar as eleições de julho e se recusa a deixar o poder, intensificando a crise que força milhões a fugir.

O êxodo massivo é tão grande que a taxa de nascimentos não consegue compensá-lo, resultando na redução da população. De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional, a Venezuela tem hoje 26,5 milhões de habitantes, em comparação aos 30,7 milhões em 2016.

Os indicadores econômicos refletem a gravidade da situação. O PIB do país despencou de US$ 372 bilhões em 2012 para US$ 102 bilhões em 2024. Essa queda drástica reduziu a riqueza per capita de US$ 12,7 mil para apenas US$ 3,9 mil, agravando ainda mais as condições de vida da população.

Essa crise econômica é um dos principais fatores que impulsionam 77% dos refugiados venezuelanos a buscar trabalho em outros países. O Brasil acolhe cerca de 510 mil desses migrantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (545 mil), Peru (1,5 milhão) e Colômbia (2,8 milhões), segundo a ONU. Outros destinos significativos incluem Espanha, Equador, Chile, Argentina, República Dominicana e México.

A maioria dos venezuelanos que se estabeleceu na Colômbia e no Peru tem escolaridade de nível médio, enquanto metade dos que foram para os Estados Unidos e Espanha possuem diploma universitário.