Brasil registra 150% mais área queimada até setembro de 2024 em relação ao ano anterior

As queimadas no Brasil em 2024 atingiram níveis alarmantes, com dados do Monitor do Fogo do Mapbiomas revelando que a área queimada entre janeiro e setembro cresceu 150% em relação ao ano anterior. No total, foram 22,38 milhões de hectares consumidos pelo fogo, equivalente à área do estado de Roraima. Aproximadamente 75% dessa área era de vegetação nativa, predominantemente florestas, que representaram 21% do total queimado.

Mato Grosso, Pará e Tocantins foram os estados mais afetados, somando 56% da área queimada. Mato Grosso lidera com 5,5 milhões de hectares, seguido por Pará com 4,6 milhões e Tocantins com 2,6 milhões. A severidade da seca na Amazônia, acentuada pelas mudanças climáticas, tem contribuído para a propagação dos incêndios. Ane Alencar, do Ipam, destacou que em setembro, metade da área queimada na Amazônia consistiu em formações florestais.

Setembro se destacou como o mês mais crítico de 2024, com 10,65 milhões de hectares queimados, um aumento de 90% em relação a agosto e de 181% em relação ao mesmo mês de 2023. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 5,5 milhões de hectares, representando um crescimento de 196% em relação ao ano passado. O Cerrado também sofreu, com 4,3 milhões de hectares queimados, marcando o maior índice para o mês em cinco anos. Enquanto isso, o Pantanal teve um aumento de 2.306% na área queimada em comparação com a média dos últimos cinco anos, totalizando 1,5 milhão de hectares. Em contrapartida, o Pampa e a Caatinga registraram uma redução na área queimada devido às chuvas.