Manaus – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) suspendeu o julgamento do recurso do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que contestou a decisão de não submeter os réus Raimundo Nonato Machado e Jussana Machado a júri popular. A sessão, que aconteceria de forma virtual na manhã desta segunda-feira (2), foi adiada.
Em 18 de agosto de 2023, o advogado Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, foi baleado na panturrilha esquerda por Jussana Machado, após tentar apartar uma briga envolvendo a mulher e uma babá, em um condomínio do bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. O então investigador da Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, foi quem entregou a arma usada no crime à esposa.
O TJAM)decidiu suspender o julgamento do recurso do MP após a presidente da sessão, desembargadora Mirza Telma Cunha, propor a reforma parcial da decisão que excluía os réus do júri popular. O relator deve se manifestar na próxima sessão, marcada para o dia 9 de dezembro. Em maio deste ano, o processo foi transferido do Tribunal do Júri para uma Vara Criminal Comum de Manaus.
O juiz Mauro Antony, da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, se declarou incompetente para julgar o caso, alegando que os réus não cometeram crimes passíveis de júri popular. A defesa da babá agredida e do advogado baleado lamentou a decisão e informou que recorreria da sentença, alegando que o crime não deveria ser tratado como uma simples briga de vizinhos.
Com a decisão do juiz, o caso foi encaminhado para uma Vara Criminal Comum da Comarca de Manaus. O advogado escreveu em sua decisão a remessa dos autos conforme o artigo 419 do CPP, determinando que os réus sejam julgados por um juiz competente. As câmeras de segurança do condomínio registraram o momento da briga entre a babá, a esposa do policial civil e o advogado, que acabou sendo baleado após tentar apartar a confusão. A babá agredida relatou viver um trauma e se recuperar com medicamentos.