
Após quatro anos de operação, o Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), consolidou-se como a forma de pagamento preferida dos brasileiros, superando o uso de dinheiro em espécie. Segundo a pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada nesta quarta-feira (4) pelo BC, 76,4% da população utilizam o Pix, sendo o meio mais frequente para 46% dos entrevistados.
O avanço é notável em comparação a 2021, quando o Pix era usado por 46% da população, mas representava apenas 17% das transações mais recorrentes. Hoje, o cartão de débito ocupa o segundo lugar (69,1%), enquanto o dinheiro caiu para a terceira posição (68,9%), após liderar em edições anteriores.
Cartão de crédito e uso comercial
Embora seja a terceira forma mais utilizada no geral, o cartão de crédito lidera como meio mais frequente nos estabelecimentos comerciais, com 42% das transações, contra 25,7% do Pix. Ainda assim, no uso geral, o cartão de crédito é utilizado por 51,6% dos entrevistados, mas é o mais frequente para apenas 11,5%.
Dinheiro em espécie ainda é relevante
O dinheiro físico permanece relevante, especialmente entre pessoas com menor renda e idosos. Segundo o levantamento, 75% das pessoas que ganham até dois salários mínimos utilizam cédulas e moedas, enquanto o percentual cai para 58,3% entre quem recebe acima de dez salários mínimos. Idosos também usam mais dinheiro (72,7%), em comparação a jovens entre 16 e 24 anos (68,6%).
Metodologia da pesquisa
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre 28 de maio e 1º de julho, com amostras em capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes. O estudo possui margem de erro de 3,1% e nível de confiança de 95%. Além de mapear o uso de meios de pagamento, traz dados sobre a conservação de cédulas, o uso de moedas e a percepção sobre itens de segurança das notas.
Mesmo com o avanço do Pix e outras tecnologias, o BC destacou que o dinheiro físico ainda desempenha um papel significativo no cotidiano dos brasileiros.







