Trump defende pena de morte para assassinos de policiais durante discurso no Congresso

FILE PHOTO: U.S. President-elect Donald Trump gestures as he meets with House Republicans on Capitol Hill in Washington, U.S., November 13, 2024. REUTERS/Brian Snyder/File Photo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Congresso que aprove a pena de morte para quem assassinar policiais. A declaração foi feita durante um discurso em sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado nesta terça-feira, 4.

“Já assinei um decreto que pede pena de morte obrigatória para quem matar um policial”, afirmou Trump. “Agora, peço ao Congresso que transforme essa política em uma lei permanente.”

Trump se referiu ao decreto “Restaurar a pena de morte e proteger a segurança pública”, assinado por ele em 20 de janeiro, que, embora não torne a pena de morte obrigatória, orienta o Departamento de Justiça a aplicá-la sempre que possível nos casos de assassinato de policiais. O decreto também prevê a pena de morte para crimes cometidos por “estrangeiros presentes ilegalmente” nos EUA.

Durante o discurso, Trump homenageou Stephanie Diller, viúva do policial Jonathan Diller, morto em Long Island em 2024, que estava presente no Congresso. “Stephanie, garantiremos que Ryan saiba que seu pai foi um verdadeiro herói, o melhor de Nova York. Vamos tirar da rua esses assassinos e infratores reincidentes, e faremos isso rápido”, disse o presidente.

Trump também defendeu um novo projeto de lei para endurecer as penas contra criminosos reincidentes e aumentar a proteção dos policiais. No entanto, ele não detalhou como implementaria essas medidas. “Os policiais não querem ser mortos”, declarou. “Não vamos permitir que isso aconteça.”

Durante o discurso, Trump foi vaiado e interrompido por parlamentares democratas. O presidente da Câmara, Mike Johnson, do Partido Republicano, pediu ordem e ameaçou chamar a segurança para retirar os parlamentares que causassem tumulto.

O deputado Al Green (Partido Democrata) foi expulso do plenário após gritar que Trump “não tinha um mandato” e se recusar a se sentar.

A Revista Oeste foi um dos poucos canais brasileiros a transmitir o discurso de Trump ao vivo, com tradução simultânea, através do YouTube.