“Delegado detalha perseguição de suspeito obcecado por Vitória antes do crime”

Maicol Antonio Sales dos Santos, único suspeito preso pela morte de Vitória Regina de Sousa, 17, era obcecado pela adolescente, afirmou o delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo). Segundo o delegado, Maicol vinha perseguindo Vitória desde o ano passado, sendo tratado como um “stalker”.

A Polícia Civil encontrou vestígios de sangue no carro de Maicol, um Toyota Corolla, e também em sua casa. A perícia no celular do suspeito revelou que ele acompanhava a jovem há meses. Além disso, a esposa de Maicol contradisse sua versão, afirmando que ele não havia dormido com ela na noite do desaparecimento de Vitória. A localização do celular de Maicol também indicou que ele esteve nas proximidades da vítima.

Durante a investigação, testemunhas relataram terem sido ameaçadas por Maicol. Provas adicionais indicaram que materiais genéticos encontrados perto do local do corpo da adolescente estavam ligados a uma pá e uma enxada que pertenciam ao padrasto do suspeito, que afirmou que as ferramentas haviam sumido dias antes do crime.

Vitória foi encontrada morta em 5 de março, em Cajamar, Grande São Paulo. O laudo do IML revelou que a causa da morte foram facadas no pescoço, tórax e rosto, sem sinais de abuso sexual. Os exames indicaram a presença de álcool etílico, mas sem evidências de entorpecentes. A polícia agora investiga a possibilidade de que a jovem tenha sido dopada antes de ser assassinada.

A investigação sugere que Vitória tenha sido torturada e mantida em cativeiro por dois ou três dias antes de ser morta. A localização exata do cativeiro ainda não foi determinada.