Brasil – Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma lista com 15 testemunhas de defesa na ação penal que responde no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder após as eleições de 2022. Entre os nomes indicados está o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos principais aliados políticos do ex-chefe do Executivo. A informação foi publicada pelo portal Metrópoles nesta segunda-feira (29/4).
Réu por cinco crimes, Bolsonaro tinha direito de apresentar até 40 testemunhas, mas optou por um número menor. Além de Tarcísio, foram chamados nomes de peso no campo político e militar, como o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), o senador Rogério Marinho (PL-RN), o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e três ex-comandantes das Forças Armadas.
O processo tramita sob sigilo no STF e está na fase de coleta de provas. Bolsonaro será ouvido durante a instrução da ação, que tem como foco principal a articulação de um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023.A lista de testemunhas apresentada pela defesa de Bolsonaro é composta por militares da ativa e da reserva, políticos e ex-integrantes do governo federal. A presença de ex-comandantes das Forças Armadas — como Marco Antônio Freire Gomes (Exército), Carlos de Almeida Batista Júnior (Aeronáutica) e Júlio César de Arruda (Exército) — reforça a relevância do eixo militar na estratégia de defesa do ex-presidente.Confira a lista completa das testemunhas indicadas por Bolsonaro:
Amaury Feres Saad
Wagner Oliveira da Silva, coronel do Exército
Renato de Lima França, assistente parlamentar
Eduardo Pazuello, deputado federal
Rogério Marinho, senador
Hamilton Mourão, senador
Ciro Nogueiro, senador
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
Gilson Machado, ex-ministro
Marco Antônio Freire Gomes, general e ex-comandante do Exército
Carlos de Almeida Batista Júnior, brigadeiro e ex-comandante da Aeronáutica
Júlio César de Arruda, general e ex-comandante do Exército
Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro
Ricardo Peixoto Camarinha
Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE
A ação contra Bolsonaro é uma das mais graves desde o fim de seu mandato e coloca em evidência a crise institucional provocada pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
