
Em abril deste ano, a Amazônia registrou um aumento de 55% no desmatamento em comparação ao mesmo mês do ano passado, com 270 km² devastados em contraste com os 174 km² registrados em abril de 2024. Essas informações, divulgadas nesta quinta-feira (8), foram compiladas pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realiza o monitoramento em tempo real por meio de alertas rápidos. Esses dados também oferecem uma perspectiva preliminar dos números consolidados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que acompanha as taxas anuais de devastação.
Além disso, os dados do Deter apontam para uma estabilização do índice acumulado de desmatamento no período de agosto do ano passado até abril deste ano. Durante esse intervalo, foram desmatados 2.542 km² na Amazônia, apenas 5% a menos que os 2.686 km² registrados de agosto de 2023 a abril de 2024. Ao analisar o período de janeiro a abril, constata-se uma redução marginal, com 672 km² devastados, o que representa apenas 1% a menos do que os 681 km² registrados no mesmo período de 2024.
No Cerrado, a situação revela um panorama distinto. Em abril, a área desmatada no bioma chegou a 690 km² – valor mais que o dobro do registrado na Amazônia – enquanto, no mesmo mês do ano passado, foram devastados 547,25 km². Ainda, considerando o acumulado de agosto de 2024 a abril, observou-se uma queda de 25% no desmatamento, passando de 4.868 km² para 3.698 km² em comparação com o período anterior.