“Bonitão como estou, a extrema-direita não volta”, diz Lula e pede foco no Senado em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante lançamento do Programa de agricultura familiar, afirmou a plateia de médios e pequenos agricultores que a “grande arma” que o país precisa é “o povo de barriga cheia”. Lula também disse que o governo irá garantir o preço mínimo para os agricultores familiares e pediu que eles utilizem todo o recurso destinado ao Plano Safra da Agricultura Familiar, de R$ 77,7 bilhões, para pressionarem por mais dinheiro. “Veja que, diferente de outros presidentes, eu não estou mandando vocês comprarem armas. Porque diziam que era para comprar arma para defender a para defender a democracia. A grande arma que nós precisamos nesse país é o povo de barriga cheia”, afirmou durante o lançamento do programa. Lula evitou mencionar o nome do seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e teve a presença de movimentos sociais ligados ao campo, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). | Sérgio Lima/Poder360 28.jun.2023

Durante o encerramento do Congresso Nacional do PSB neste domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar “bonitão”, “apaixonado” e “motivado”, garantindo que, nesse ritmo, a extrema-direita não voltará ao poder no Brasil. O evento também marcou a posse de João Campos, prefeito do Recife, como novo presidente nacional do partido.

Lula ainda cobrou mais organização da esquerda nas eleições de 2026, com foco no Senado. Segundo ele, se a direita conquistar a maioria das cadeiras, poderá transformar o Congresso em uma “muvuca” e ameaçar o equilíbrio institucional, especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente também criticou os Estados Unidos pela possível aplicação de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Para Lula, o país norte-americano comete “barbaridades”, promove guerras e “mata muita gente”, não tendo autoridade moral para questionar decisões da Justiça brasileira.

A crítica veio após os EUA reagirem a um pedido de Moraes para bloqueio do perfil do jornalista Allan dos Santos na plataforma Rumble, alegando violação de soberania. Washington discute possíveis sanções ao magistrado, acusando-o de promover censura a cidadãos e empresas norte-americanas, e pode acionar a Lei Magnitsky, que permite punir autoridades estrangeiras envolvidas em abusos.

Allan dos Santos é considerado foragido no Brasil, acusado de ataques ao STF e disseminação de desinformação contra instituições democráticas.