Buzeira, preso pela PF, chama atenção nas redes por colar de R$ 2 milhões dado a Neymar

O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (14/10) durante a Operação Narco Bet, que investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico internacional de drogas. O influencer é conhecido por colecionar polêmicas nas redes sociais, incluindo um presente luxuoso dado a Neymar Jr.: um colar avaliado em R$ 2 milhões.

Durante o cruzeiro “Ney em Alto Mar”, em dezembro de 2023, Buzeira presenteou o jogador com a joia e publicou: “Presente do 00 para o 00 chefe. Falem bem ou falem mal, ninguém é igual, Neymar tem que respeitar.” Em outra postagem, ressaltou a admiração pelo atleta: “Dei minha corrente em forma de medalha. Ele não é uma estrela, é um ‘et’. Aonde esse cara chegou, poucos vão chegar.”

Investigação e esquema criminoso

A Operação Narco Bet é um desdobramento da Operação Narco Vela, que apurou o envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa via transporte marítimo. Segundo a PF, o grupo criminoso usava métodos avançados de dissimulação financeira, movimentando valores em criptomoedas, transferências internacionais e empresas de fachada para ocultar a origem do dinheiro do tráfico.

Parte dos recursos era canalizada para empresas de apostas eletrônicas, as chamadas “bets”, com o objetivo de inserir o dinheiro ilícito no sistema financeiro de forma legalizada. A operação contou com cooperação internacional da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA), responsável por cumprir uma das ordens de prisão em território alemão contra um dos principais investigados, braço financeiro do esquema.

Segundo a PF, o grupo operava de forma estruturada e transnacional, com múltiplas camadas financeiras para dificultar o rastreamento dos recursos. Os investigados podem responder por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com aumento de pena por atuação além das fronteiras nacionais.

A Polícia Federal ainda não detalhou os nomes das casas de apostas investigadas, mas aponta que algumas plataformas usadas no esquema atuam legalmente no país com licenças obtidas no exterior.