
Mundo – Neste sábado (1º), o presidente da Guiana, Irfaan Ali, qualificou como “terrorismo” a explosão em um posto de combustíveis em Georgetown na semana passada, pela qual um venezuelano membro de um grupo criminoso é acusado.
Venezuela e Guiana mantêm relações tensas na última década devido à histórica disputa territorial do Essequibo, uma área de mais de 160 mil km² entre os dois países, administrada pelo governo guianense, onde foram descobertas importantes jazidas de petróleo.
“Este atentado cumpre com todas as caraterísticas de terrorismo”, assinalou o presidente. “Foi uma tentativa de semear o medo e o caos, de criar tensão”, detalhou Ali, durante uma cerimônia religiosa por ocasião do 60º aniversário das forças armadas do país.
As investigações apontam para um venezuelano membro de um grupo criminoso. O homem teria entrado na Guiana no mesmo dia em que detonou uma bomba perto do posto de combustível, o que provocou a morte de uma menina de seis anos e deixou quatro feridos que estavam em um veículo próximo ao local.
Cinco venezuelanos e quatro guianenses foram detidos durante as investigações. A motivação do crime ainda não foi determinada.
Imigração venezuelana associada ao aumento da criminalidade
“Vamos aprofundar e ampliar as investigações para chegar ao fundo deste assunto”, assegurou Ali, destacando que sua administração não discrimina os migrantes venezuelanos que fugiram da crise política e econômica em seu país. “Não devemos permitir, nem justificar que a indignação nos leve pelo caminho dos preconceitos ou da discriminação”, acrescentou.
A imigração venezuelana costuma ser responsabilizada pelo aumento da criminalidade nos países que a acolhem, especialmente pela atividade da temida quadrilha Tren de Aragua, que aproveita a diáspora para extorquir os migrantes e expandir suas atividades na América Latina.






