
Uma nova apuração descartou que o corpo encontrado após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, pertença à jovem conhecida como “Japinha do CV”, identificada como Penélope. A imagem que circulou nas redes sociais mostrava um corpo com ferimentos no rosto, usando roupa camuflada e colete tático. No entanto, policiais envolvidos na ação confirmaram que o cadáver é de um homem, cuja identidade ainda não foi revelada. As informações são do portal Metrópoles.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (3) a lista oficial com os nomes de 115 das 117 pessoas mortas na operação realizada na última terça-feira (28). O nome de Penélope não aparece entre os identificados, e sua morte segue sem confirmação oficial, aumentando o mistério sobre seu paradeiro.
95% dos mortos tinham ligação com o Comando Vermelho
De acordo com o levantamento da polícia, 95% dos mortos tinham vínculo direto com o Comando Vermelho (CV). A apuração também mostra que 54% dos suspeitos eram de outros estados, como Pará, Maranhão e Espírito Santo. Ao todo, 113 pessoas foram presas durante a megaoperação.
Corpo mostrado em fotos não é de Penélope
Apesar das imagens que circulam nas redes sociais, a polícia descartou que o corpo seja da “musa do crime”. Segundo o G1, a suspeita teria sido atingida por um disparo de fuzil no rosto durante confronto com agentes, mas essa versão foi refutada após a identificação do cadáver como sendo um homem.
Quem é a “Japinha do CV”
Conhecida nas redes sociais como “musa do crime”, Penélope ganhou notoriedade por publicar fotos empunhando armas e vestindo roupas militares. Dentro da facção, ela teria papel estratégico, atuando na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos de tráfico.
A operação mais letal da história do Brasil
A megaoperação é considerada a mais letal já registrada no país, com 121 mortos — sendo 117 civis e quatro agentes de segurança. Outras nove pessoas ficaram feridas, incluindo três moradores e seis policiais.
Durante as ações, foram apreendidas 118 armas, entre elas 91 fuzis, que agora passam por análise.
O número de mortes superou o massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, quando 111 detentos foram mortos em São Paulo.
Com a repercussão das fotos nas redes, perfis falsos começaram a usar imagens da investigada, e familiares pediram o fim da divulgação.
Até o momento, não há confirmação oficial sobre o paradeiro de Penélope.
			
		




