
Após criticar a Operação Contenção no Rio de Janeiro e sugerir que policiais poderiam neutralizar criminosos armados com fuzis usando apenas pedradas, a especialista em segurança pública Jacqueline Muniz, professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), solicitou proteção ao governo Lula (PT), alegando estar sendo alvo de ameaças nas redes sociais.
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o pedido foi enviado nesta segunda-feira (3) ao Ministério dos Direitos Humanos, por meio do gabinete do vereador Leonel de Esquerda (PT), coordenador da Comissão de Favelas da Câmara Municipal do Rio. Muniz pediu para ingressar no Programa de Proteção dos Defensores de Direitos Humanos, criado em 2019 para oferecer segurança a pessoas ameaçadas em razão de sua atuação em prol dos direitos humanos.
A especialista afirma que as ameaças teriam sido estimuladas por parlamentares de direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO).
Cientista política e antropóloga, Muniz gerou polêmica ao comentar a operação policial que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro, incluindo quatro policiais e dezenas de integrantes do Comando Vermelho (CV), segundo dados do governo estadual.
– O criminoso tá com o fuzil na mão, ele é facilmente rendido por uma pistola, até por uma pedra na cabeça. Enquanto ele tá tentando levantar o fuzil e colocar o fuzil pra atirar, alguém joga uma pedra e já derrubou o sujeito – afirmou a especialista.
Para Jacqueline Muniz, a operação do dia 28 não teve critérios táticos e se trata de manobra política:
– [A operação] Foi marketing político, uma cloroquina para a segurança e deve, sim, fortalecer o bolsonarismo para o próximo ano.





