Bolsonaro registra mais de 500 interrupções respiratórias em uma noite, diz laudo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia a compra de um novo avião presidencial por causa de problemas recorrentes na atual aeronave. A possibilidade, porém, enfrenta resistência de aliados, que temem desgaste político por conta do custo estimado em pelo menos R$ 1 bilhão em ano eleitoral.

Mesmo com críticas internas, o Ministério da Defesa e a Aeronáutica já realizam cotações com fabricantes estrangeiras. O levantamento de mercado deve ser concluído e entregue ao governo em 2026. Lula e a primeira-dama Janja consideram o atual avião limitado e defendem uma aeronave maior, com maior autonomia para voos internacionais, mais espaço para reuniões, área VIP e quarto com cama. A Aeronáutica, no entanto, enfrenta dificuldades porque poucos modelos com essas especificações são produzidos em grande escala. A compra, caso seja confirmada, deverá ocorrer por meio de licitação.

Já no caso envolvendo Jair Bolsonaro, um laudo apresentado ao Supremo Tribunal Federal apontou que o ex-presidente registrou 514 interrupções respiratórias em uma única noite na prisão, sendo 470 episódios de apneia que duraram entre 10 e 25 segundos. A condição provoca quedas no nível de oxigênio no sangue, prejudica o sono e, sem tratamento, pode levar a problemas cardíacos, AVC, diabetes, arritmias e riscos associados à sonolência diurna.

O tratamento inclui mudanças de hábitos, uso de aparelhos específicos ou CPAP e, em alguns casos, cirurgia. A lista de comorbidades de Bolsonaro também menciona refluxo, hipertensão e problemas cardiovasculares. Ele está internado no Hospital DF Star, em Brasília, onde passou por cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal bilateral e realiza procedimentos para tratar crises de soluço. Ainda não há previsão de retorno à custódia na Polícia Federal.