
O Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e outras cinco pessoas ligadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiveram seus vistos de entrada nos Estados Unidos revogados, informou a agência Reuters nesta segunda-feira (22).
A medida ocorre pouco depois do Departamento do Tesouro americano anunciar sanções contra a esposa de Moraes e um instituto vinculado à família do magistrado. Entre os atingidos estão o ex-procurador-geral da República e ex-secretário-geral de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Levi do Amaral; o ex-juiz eleitoral Benedito Gonçalves; o juiz auxiliar e assessor do STF Airton Vieira; o ex-assessor eleitoral Marco Antonio Martin Vargas; e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial de alto escalão.
O secretário do Departamento de Estado americano, Marco Rubio, havia indicado na semana passada que novas medidas seriam tomadas contra o Brasil, em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O anúncio coincide com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU.
Em reação, Jorge Messias classificou a decisão americana como parte de um “desarrazoado conjunto de ações unilaterais” e “totalmente incompatível com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas” entre os dois países, mantidas há mais de 200 anos.
O AGU afirmou ainda que recebe a decisão “sem receios”, mas considera a sanção uma agressão contra o Brasil. “Reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça e continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, declarou.






