Na sexta-feira (14), o ditador venezuelano Nicolás Maduro enviou uma mensagem aos “irmãos cristãos” das igrejas dos Estados Unidos pedindo que “soem os sinos da paz” e “não os tambores da guerra”. O apelo ocorre em meio à mobilização militar americana no Caribe, vista por Caracas como uma ameaça.
Durante um encontro de oração pela paz no Palácio de Miraflores, em Caracas, Maduro afirmou que busca “levar o estandarte da paz, da harmonia, do perdão e da misericórdia”. O evento contou com a presença de seu filho, Nicolás Maduro Guerra, vice-presidente de Assuntos Religiosos do PSUV, além de representantes de diversas igrejas e denominações.
Mais cedo, no Encontro de Juristas em Defesa do Direito Internacional, o líder chavista pediu aos americanos que “detenham a mão enlouquecida de quem ordena bombardear, matar e levar guerra à América do Sul e ao Caribe”, sem citar nomes, afirmando que querem evitar “uma tragédia” no continente.
O discurso acontece um dia após o Pentágono anunciar a operação Lança do Sul, voltada ao suposto combate ao narcotráfico na América Latina, ainda sem detalhes divulgados. Também nesta sexta, o presidente dos EUA, Donald Trump, discutiu “várias opções” sobre possíveis ações militares na Venezuela em reuniões na Casa Branca com integrantes do Pentágono, segundo o The Washington Post.