Prato Cheio serve 4 milhões de refeições em 2025

Política pública do Governo do Amazonas, o Prato Cheio reafirmou em 2025 seu papel de combater à fome e a promoção da segurança alimentar no estado, servindo quase 4 milhões de refeições. O trabalho refletiu-se em nível nacional, quando o Brasil também celebrou duas conquistas importantes nesta área: a saída do Mapa da Fome e a redução da insegurança alimentar grave ao menor nível da série histórica.

O programa Prato Cheio é uma política pública de segurança alimentar e nutricional que oferece refeições a preços acessíveis, ou gratuitas, para pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, sendo dividido em dois serviços distintos: nos restaurantes populares, o almoço é vendido pelo valor simbólico de R$ 1, de segunda a sexta-feira, das 11h às 13h. Nas cozinhas populares, a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro do alimento, de sabores variados, de segunda a sábado, das 11h às 13h.

Administrado pela Secretaria de Estado da Assistência Social e Combate à Fome (Seas) e pela Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental (Aadesam), o programa ampliou sua atuação em 2021 para o interior do Amazonas. Saindo de sete para 44 equipamentos de segurança alimentar no estado, sendo 18 unidades localizadas na capital e 26 no interior.

Neste ano de 2025, até 16 de dezembro, foram servidas 1.954.997 refeições na capital e 2.027.637 no interior, totalizando 3.982.634,00 em todo o estado. Desde 2019 até o momento, o Prato Cheio serviu 19 milhões de refeições no Amazonas.

O Prato Cheio é um programa social que tem como público alvo pessoas em situação de vulnerabilidade, entre os quais moradores de rua, desempregados, pessoas com deficiência, trabalhadores informais e mulheres que chefiam famílias e que se encontram em situação de extrema pobreza, pobreza ou baixa renda.

A secretária da Seas, Kely Patrícia, destaca o trabalho do Governo do Amazonas em apoio às famílias em situação de insegurança alimentar no estado, ressaltando que o bem-estar dessas pessoas é uma prioridade na gestão estadual.

“O Prato Cheio garante que a população tenha acesso a uma alimentação de qualidade, elaborada por profissionais capacitados, respeitando a cultura do nosso estado e os costumes do nosso povo. Além disso, pensa em formas de ajudá-los a sair da condição de vulnerabilidade”, pontuou.

Empregos diretos

O programa não apenas combate a insegurança alimentar, mas também funciona como um motor de desenvolvimento econômico local ao criar postos de trabalho e fortalecer cadeias produtivas. Em 2025, as unidades do Prato Cheio geraram diretamente mais de 168 empregos diretos, sendo 79 na capital e 89 no interior. Cada restaurante popular conta com equipes administrativas e de cozinha para o preparo das refeições.

A secretária executiva adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (Seasan), Lane Edwards, destacou a importância do programa para famílias em situação de vulnerabilidade que utilizam os equipamentos de segurança alimentar, ressaltando que o Prato Cheio é um grande gerador de empregos diretos e indiretos porque envolve toda a cadeia produtiva no atendimento de todas as 44 unidades.

“O Prato Cheio cumpre o objetivo de combater a insegurança alimentar de famílias amazonenses. A ampliação do programa, que saiu de sete para 44 unidades no estado, possibilitou que mais famílias fossem alcançadas e mais postos de trabalho fossem gerados”, disse.

Lane Edwards destacou ainda que o programa vai além de servir refeições. Todas as 44 unidades realizam palestras sobre saúde e qualidade de vida e cursos que visam a qualificação e o empreendedorismo dos frequentadores.

Necessidades supridas

Viúvo, pai de sete filhos, todos adultos, José Afrânio de Castro, 75 anos, frequenta há três anos o restaurante popular do programa Prato Cheio do bairro Petrópolis, na zona sul de Manaus, juntamente com o filho Sidney Afrânio de Souza, 42 anos, que tem síndrome de down.

O aposentado define o local como ‘porto seguro’ para ele e o filho, lhes proporcionando uma ajuda de custo incomparável, no orçamento familiar. “Além do alimento, somos acolhidos, amados, respeitados; conquistamos novas amizades e ainda temos lazer, com os jogos de dominó”, menciona.

A supervisora do Prato Cheio de Petropolis, Lany Moraes, diz que se sente gratificada em fazer parte desse programa de combate à fome, que ajuda as pessoas, desde o acolhimento, servindo o alimento, ouvindo suas histórias de vida, proporcionando um ambiente agradável e acolhedor.

“São moradores de ruas; pais e mães de família que muitas vezes não têm nada para se alimentar e nem o valor simbólico, o que nos leva a ‘encontrar solução’ para vê-los alimentados”, admite a funcionária.

Sopa gratuita

Na Cozinha Popular do programa social do Governo do Amazonas, localizada no bairro Rio Piorini, a realidade é bem parecida. O diferencial está no produto oferecido: sopa gratuita, cerca de 1 litro por pessoa, de segunda a sábado, das 11h às 13h, para pessoas em vulnerabilidade social.

Dentre os atendidos está Paulo Ajuricaba Santos Pinto, 60 anos, solteiro, sem filhos, que há quatro anos frequenta o local. Na condição de PCD, sobrevive de uma ajuda governamental no valor de R$ 600 do Bolsa Família.

“Além de saborosa, a sopa, juntamente com a ajuda de custo recebida compõem a alimentação diária e a cada dia vou me reinventando”, disse, o idoso, ressaltando encontrar no local acolhimento e novas amizades.