Na ONU, indígenas cobram o presidente Lula

Na reunião do Mecanismo de Especialistas da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas, realizada em Genebra, Suíça, indígenas brasileiros denunciaram que suas comunidades continuam ameaçadas por violência, garimpo ilegal, fome e doenças, apesar das medidas anunciadas pelo presidente Lula (PT).

Especialistas, ONGs e líderes indígenas participaram do encontro na ONU, solicitando ações concretas do governo Lula e maior atenção internacional à situação no Brasil. Júlio David Ye’kwana, presidente da Associação Wanasseduume Ye’kwana e representante da Aliança de Defesa Territorial entre os povos kayapó, yanomami e munduruku, destacou a gravidade da situação.

Segundo Jamil Chade, colunista do UOL, Ye’kwana afirmou: “Em 2023, o governo brasileiro declarou uma crise de saúde pública na Terra Indígena Yanomami, mas continuamos vendo nossas crianças morrendo de malária e desnutrição.”

Ye’kwana pediu à ONU que responsabilize o Estado brasileiro pela proteção dos territórios indígenas e pela expulsão dos invasores. Ele também exigiu a estruturação de um sistema de atendimento especial para a saúde indígena, com profissionais de saúde presentes nas comunidades para prestar os cuidados necessários.