
Nesta quinta (29), Camila Barroso, presa sob suspeita de espancar até a morte a babá Geovana Costa, de 20 anos, usava seu suposto vínculo com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) para intimidar e controlar suas vítimas. Conforme as investigações, Camila se apresentava como ex-esposa de Wellington dos Santos, conhecido como “Mano Kaio”, líder da facção no Rio de Janeiro, e fazia frequentes ameaças de violência tanto à Geovana quanto a outros jovens sob sua influência.
Depoimentos colhidos pela polícia revelam que Camila exercia controle através de violência psicológica e física. “Ela gravava vídeos com armas de fogo e, em qualquer desentendimento, ameaçava chamar o tráfico para ‘quebrar pernas’ e punir os que a desobedecessem”, relatou a delegada Marília Campelo.
Camila nega envolvimento na morte de Geovana, atribuindo a responsabilidade ao ex-namorado da jovem, Johnny. No entanto, as investigações indicam que Camila exercia um controle rigoroso sobre a vida de Geovana, isolando-a do mundo exterior e até de seu relacionamento com Johnny. Mensagens analisadas reforçam as suspeitas de que Camila mantinha a jovem sob domínio psicológico, impedindo-a de escapar.
As autoridades também apuraram que Camila tinha planos de viajar para a Europa, onde reside sua família, e possivelmente pretendia levar Geovana para continuar explorando-a sexualmente. A jovem havia recentemente tirado seu passaporte em junho, o que reforça a suspeita de que seria levada para fora do país contra sua vontade. Camila, já conhecida por seu envolvimento com tráfico de drogas, também comandava uma casa de massagem no bairro Petrópolis, onde atraía mulheres para a prostituição, utilizando dívidas para mantê-las presas ao esquema.







