A live feita pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira, dia 29, atacando o atual sistema eleitoral brasileiro não pegou bem dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações de bastidores, os magistrados do STF consideraram a ação do presidente completamente infeliz, sendo que até um dos ministros teria chamado o Bolsonaro de “Moleque”.
No Tribunal Superior Eleitoral, o clima segue exatamente o mesmo. O órgão conta três ministros: o presidente Luis Roberto Barroso (que foi duramente atacado por Bolsonaro em sua transmissão ao vivo), Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Na corte eleitoral, há quem afirme que as respostas institucionais não têm sido o suficiente para barrar os ataques de Bolsonaro contra a democracia e a realização das eleições.
O TSE passou a divulgar, em tempo real e durante a live do presidente, informações para esclarecer as mentiras que foram contadas por Bolsonaro. Inclusive, é possível que o capitão do Exército seja investigado no inquérito das ‘fake news’, aberto pelo STF.
Os ministros entendem que o diálogo com Bolsonaro – prática defendida pelo presidente da Suprema Corte, Luiz Fux – são inúteis e que a tentativa é de tumultuar a eleição caso o presidente chegue em desvantagem e possa não conseguir a sua reeleição.